...apesar dos noventa e quatro filmes comentados em 2010 aqui no blog, vou contar um segredo para vocês: apenas quinze longas disputaram um lugar entre os dez melhores filmes exibidos esse ano nos cinemas brasileiros... é eu sei que fazer um top 10 geralmente é uma puta falta de justiça (ou seria de sacanagem?) com esse ou aquele filme que é realmente muito bom e tal... mas enfim, é a vida... vamos a listinha... se em 2008 o topo ficou com 'o escafandro e a borboleta' da frança e no ano seguinte com o made in usa 'sinédoque nova york', esse ano o primeiro lugar ficou com a espetacular produção argentina vencedora do oscar de melhor filme estrangeiro 'o segredo dos seus olhos'... seguido das seqüências mais espetaculares e engenhosas da década... as imperdíveis aventuras de um menininho francês... a intrigante saga de uma mãe coreana em busca da verdade... o novo clássico escrito, dirigido, produzido e fotografado por quentin tarantino... o dia em que a trilha sonora roubou a cena de um longa espetacular... o super-herói nacional que quebrou todos os recordes de bilheteria... o surpreendente filme brasileiro que faltava... tom ford provando que entende tudo também de cinema... e a produção dirigida pela primeira mulher a ganhar o oscar de melhor direção... então, esse é o top 10 do blog lostinhollywoodland em 2010...
1.o segredo dos seus olhos, de juan josé campanella
2.a origem, de christopher nolan
3.o pequeno nicolau, de laurent tirard
4.mother a busca pela verdade, de joon-ho bong
5.à prova de morte, de quentin tarantino
6.tron o legado, de joseph kosinski
7.tropa de elite 2, de josé padilha
8.os famosos e os duendes da morte, de esmir filho
9.direito de amar, de tom ford
10.guerra ao terror, de kathryn bigelow
...agradeço o apoio de todos mais uma vez e que o ano de 2011 seja ainda melhor.
...tudo parece em ordem na vida de uma bem sucedida executiva até que o seu marido resolve sair de casa no mesmo dia em que ela é demitida... muito pior do que o argumento pseudo moderno mas absurdamente machista, da técnica lamentável e de incontáveis momentos de pura vergonha alheia, é o fato de já ter visto todas as cenas razoavelmente boas do longa no trailer da produção exibido exaustivamente nos últimos meses... não que eu estivesse esperando alguma coisa além do padrão globo de (falta de) qualidade, mas se eu soubesse que o filme todo estava lá no trailer, não teria enfrentado uma fila enorme e gasto o meu precioso dinheiro para ficar constragido durante inacabáveis 107 minutos a espera apenas daquelas seqüências que eu já tinha até decorado as falas... todos concordam que ingrid guimarães não é bonita, maria paula não é gostosa e bruno garcia não é galã né? certo? ok, então não vamos falar sobre isso... e se a última impressão é a que fica (ou é a primeira? eu nunca sei), o cinema no ano de 2010 não foi nada bom... que venha (de uma vez!) 2011.
...sam flynn procura por informações que o levem até o seu pai, mas quando ele menos espera se vê dentro de um mundo de programas e jogos... sabe aquele filme que é tão legal (mas tão legal) que bate até aquela invejinha boba do tipo 'eu queria ter feito esse filme'?... então esse é o caso do espetacular 'tron o legado'... a produção ainda por cima é a continuação de um clássico que eu assisti mais de mil vezes na sessão da tarde (ah! eu queria ter feito esse filme!)... enfim, 28 anos depois de 'tron uma odisséia eletrônica' (apesar de revolucionário, um enorme fracasso de bilheteria na época), um estreante com um orçamento de 200 milhões de doláres e toda a estrutura dos estúdios disney por trás da produção, realizou um dos filmes mais completos e bem feitos (e mais divertidos) dos últimos tempos... as cenas em que o ator jeff bridges aparece com a aparêcia mais jovem, graças ao grande trabalho da equipe de efeitos especiais, são de arrepiar... mas além da técnica impecável e de inúmeras seqüências de cair o queixo, o longa ainda tem uma trilha sonora original fantástica (eu nunca tinha comprado um cd de uma trilha na minha vida) da dupla francesa daft punk, que ainda faz uma participação no filme... o resultado deslumbrante é imperdível.
...após 3 anos de vários recursos negados pela justiça, john percebe que só há uma saída para salvar sua esposa: elaborar um plano de fuga para tirá-la da prisão... roteirista bem sucedido ('menina de ouro' e as novas aventuras do james bond, são alguns dos seus trabalhos), paul haggis pensou certo dia 'porque não dirigir também alguns dos meus roteiros?', esperando quem sabe, ser também um grande cineasta... e a sua estréia nos cinemas foi realmente promissora... em uma manobra anti brokeback mountain da academia (um dia falo sobre isso), 'crash no limite' faturou três oscars incluíndo melhor filme e roteiro original... mas aí depois veio o razoável 'no vale das sombras' e agora o fraquinho '72 horas'... remake do francês 'pour elle' de 2008, a produção só não é um fracasso completo pela presença de russell crowe em cena... quase tudo no filme é um grande equívoco, desde a escolha do resto do elenco (elizabeth banks está tão fora do tom que chega a irritar, sem falar de liam nesson em uma participação relâmpago injustificável) ao ritmo dado ao longa... pelos resultados apresentados até então, lá vai um conselho (grátis!) de fim de ano do blog para haggis: não dá para abraçar o mundo, procure focar só na carreira de roteirista.
...alfie deixa helena em busca de sua juventude perdida, sally descontente com o casamento se apaixona por seu chefe e roy um escritor em crise criativa se sente atraído pela nova vizinha... já reparou como é difícil fazer uma sinopse sobre um filme do incansável cineasta woody allen?... o motivo claro, é a dinâmica que o autor de algumas dezenas de clássicos do cinema costuma dar as suas obras... geralmente três ou mais histórias compõem a trama... como é o caso de 'você vai conhecer o homem dos seus sonhos'... a única diferença por sinal, deste longa para outros do próprio cineasta, é o resultado bem abaixo da média... não que allen não faça filmes ruins também, não é isso, mas alguém que produza tanto como ele produz não poderia acertar sempre (desde 1965 woody allen lançou praticamente um filme por ano)... assim, se recentemente o vencedor de três oscars acertou em cheio com 'tudo pode dar certo', aqui ele errou feio... o roteiro é fraco e os personagens idem... a genialidade habitual de allen não se fez presente em nenhum momento... como eu já tinha falado, não da para acertar sempre... nem mesmo o woody allen é capaz.
...criado pela tia, o jovem john lennon encontra no rock and roll, um lugar para expor a sua rebeldia e os seus dilemas... o que já faria de 'o garoto de liverpool' um filme atrativo, o tornou ainda mais especial... a estreante em longas, sam taylor-wood, foi extremamente feliz ao retratar um lado desconhecido de uma pessoa que mais tarde se tornaria uma lenda (é, eu sei que surpreende ainda existir um lado desconhecido de alguém que é alvo de milhares de biografias, exposições, trabalhos e documentários há mais de 50 anos)... de forma muito humana, a produção realiza um belo retrato da juventude do líder dos beatles (que sonhava em ser o elvis presley) e de sua mais que conturbada relação familiar... o excelente e emocionante resultado alcançado pelo filme também está diretamente ligado ao trabalho impecável de todo o elenco (a sempre ótima kristin scott thomas e anne-marie duff estão dignas de oscar)... mas não vá esperando ouvir 'obladi oblada', aqui a música é pano de fundo para todos os traumas do jovem john lennon... não deu para entender apenas o título dado ao longa pela distribuidora no brasil, que parece não ter entendido o sentido do título original.
...machete fugiu para o texas para desaparecer e esquecer o seu passado, mas o que ele encontra lá é uma teia de corrupção e trapaças... até onde a gente sabe, de um filme é feito o trailer certo? certo... mas aí veio 'machete', que era um trailer e virou filme... tudo começou na homenagem de quentin tarantino e robert rodriguez aos grindhouses... a história de um mexicano em busca de justiça, era um trailer falso exibido antes da sessão dupla de 'planeta terror' e 'à prova de morte'... e o tal trailer fez tanto sucesso que rodriguez resolveu fazer dele um longa metragem... com produção de quentin tarantino, o que já era um banho de sangue e uma colagem de sequências do melhor do trash em alguns poucos segundos, ganhou proporções épicas... não tem como não se divertir e admirar a habilidade de rodriguez em costurar o tosco em um grande trabalho técnico... apesar do ator danny trejo merecer um filme digno solo há um bom tempo, aqui quem brilha mesmo é robert de niro na pele de um senador que caça mexicanos... ainda tem a trilha sonora de chingon (banda em que robert rodriguez é o guitarrista) e um steven seagal (!?) obeso e impagável.
...a história sobre os fundadores da popular rede social facebook... eu nunca tive orkut, facebook, twitter ou sei lá o que existe mais por aí... mas reconheço que essas redes sociais revolucionaram a comunicação e a forma como todos (ou quase todos) passaram a se relacionar... foi se o tempo em que você conhecia alguém e pedia o telefone, agora é 'tem facebook?'... por isso mesmo era claro que hollywood um dia iria contar a história dos personagens por trás dessa tal revolução... a responsabilidade ficou a cargo do talentoso diretor david fincher... acontece que o resultado não foi nada bom... 'a rede social' é simplesmente chato, pouco atraente e muito abaixo do que o diretor de 'clube da luta', 'o curioso caso de benjamin button' e outros grandes filmes é capaz de fazer... impulsionado por críticas favoráveis e inúmeros prêmios já conquistados na temporada (entre eles o national board of review de melhor filme) a produção se torna uma decepção ainda maior... provavelmente estará presente como favorito na festa do oscar, mas não por qualidade, e sim (pelo que me parece) por uma tendência global de eleger mark zuckerberg a grande personalidade do ano.
...o super vilão megamente finalmente consegue derrotar o seu rival, mas a vida fica chata sem um herói para combater... no cartaz dessa animação esta escrito assim: 'os filmes de super-heróis nunca mais serão os mesmos'... sinceramente? serão sim... se fosse o mais novo trabalho da pixar, até existiria uma certa chance de isso se concretizar, acontece que não é... nada contra os estúdios dreamworks, responsáveis por bons trabalhos (alguns até marcantes como a série shrek), mas como é o caso também de 'megamente', sobram personagens carismáticos, sequências divertidas, mas falta aquele a mais (genialidade)... sem falar da trilha sonora da produção que é uma coletânea de canções mais do que batidas no cinema, incluíndo acdc e guns n'roses (existem outras bandas né?)... olha, para não faltar com justiça, não posso deixar de elogiar o trabalho da dublagem (original) feita por will ferrell, brad pitt, tina fey, ben stiller e outros.
...um homem acorda dentro de um caixão a dois metros abaixo da terra sem a menor idéia de quem ou porque o colocaram lá... há um certo tempo pensar no cinema mais produtivo de toda a europa (com média superior a cem longas por ano), era pensar em luis buñuel, carlos saura e pedro almodóvar... porém, nos últimos anos surgiram novos cineastas locais e que começaram a apresentar para o mundo novas facetas do cinema espanhol... filmando dentro ou fora das fronteiras do país, cineastas como jaume balagueró (dos excepcionais 'rec 1 e 2') surpreendem a todo momento público e crítica... e comprovando que a geração é realmente boa, outro espanhol, rodrigo cortés, realizou um dos filmes mais instigantes do ano... o longa que se passa todo dentro de um caixão é um show de criatividade, técnica e ousadia (você já tinha visto um filme com cenas iluminadas apenas por um isqueiro ou por um celular?)... o cineasta ainda brinca, conforme a situação psicológica do personagem, com o tamanho do 'cenário'... a produção aproveita também para criticar o governo dos eua, as grandes corporações, toda a burocracia da sociedade contemporânea e até os serviços de telemarketing... tem gente em hollywood morrendo de inveja.
...frank, joe, marvin e victoria costumavam ser os maiores agentes da cia, mas agora aposentados terão que provar que ainda podem resolver um misterioso caso... outro dia eu estava no shopping com a minha mãe e uma senhora na casa dos oitenta que estava combinando a cor do vestido com o cabelo (ambos meio azulados), passou pela gente... aí minha mãe falou 'nessa idade pode tudo'... é mais ou menos o mesmo caso de 'red aposentados e perigosos'... bruce willis (55 anos) é o caçula e líder de um turma formada por morgan freeman (73), john malkovich (57 aparentando 70) e helen mirren (65)... e esses podem tudo também não é?... então, ao invés de combinarem a roupa com o cabelo, resolveram fazer um filme totalmente descomprometido de qualquer tipo de lógica... famosos, ricos e premiados, estão visivelmente se divertindo em cena... agora se a diversão é a mesma para a gente do outro lado da tela? acredito que nem tanto... apesar do esforço a produção carece de um certo ritmo e o final aberto para uma possível continuação (vai que?) é bem preguiçoso.
...criado pelas mães, um casal de irmãos decide conhecer o pai biológico... reprodução na íntegra do comentário de uma mulher de uns quarenta e poucos anos antes de se levantar e ir embora, bem no início da sessão: 'puta que pariu! filme de lésbica! não paguei para ver esse tipo de merda!'... enfim, apesar da hipocrisia reinar absoluta na nossa tal 'sociedade sem preconceitos', hoje existem milhões de famílias dignas formadas por duas mães ou dois pais, e por mais que uma parcela da população 'levante e vá embora do cinema' (leia-se: finja que isso não existe) essa é uma realidade... o pior é que além de provar sua ignorância total, essa tal mulher ainda perdeu um excelente filme... 'minhas mães e meu pai' foca de uma maneira muito humana e emocionante o dia-a-dia de uma familia composta por duas mulheres e seus dois filhos adolescentes, que como em qualquer outra 'formação possível de família', entra em crise de vez em quando... um dos destaques do filme é o fantástico desempenho de todo o elenco, annette bening mais uma vez brilhante... ah, ainda tem a trilha sonora com vampire weekend, mgmt, david bowie, fever ray, css... não faltam motivos, imperdível.
...peter corre contra o tempo para conseguir assistir o nascimento do seu filho, mas seus planos são atrapalhados quando ele conhece o aspirante a ator ethan... robert downey jr. é um puta ator (um dos meus favoritos), que depois de um período trevas voltou com tudo... zach galifianikis apesar de sempre fazer o mesmo papel (já reparou que seus personagens estão sempre carregando alguma coisa?), é um cara engraçado... todd phillips é o diretor da comédia 'se beber não case', um dos maiores sucessos dos últimos anos... e como todo mundo sabe e eu costumo escrever muito aqui no blog, expectativa é uma merd... sinceramente, o dia estava sendo ótimo, estava de bom humor, não tinha ninguém chutando a minha cadeira e ou fazendo comentários durante a sessão, mas ainda assim eu achei 'um parto de viagem', muito fraco... tinha até um pessoal passando mal de rir no cinema, mas eu conto na mão as vezes que eu esbocei uma risada... o humor não é nem inteligente e nem besteirol (elementos que todd phillips 'casou' tão bem em seu maior sucesso), é apenas uma colagem de seqüências e situações exageradas... não esperava o filme do século, apenas uma boa comédia... o resultado, apesar de tudo (!) estar favorável, é decepcionante.
...ainda em recuperação, uma mulher conhece um homem modesto e charmoso sem perceber que ele é o mesmo que a tinha aterrorizado dias antes... tem um pessoal que até gostou do filme... outros não gostaram nada (incluíndo os que foram comigo ao cinema)... mas uma coisa é indiscutível: ben affleck é muito melhor diretor do que ator... nem sou daqueles que acha o rapaz o pior ator do mundo, mas 'medo da verdade' e agora 'atração perigosa', mesmo não sendo lá grandes coisas, mostram que caminho o vencedor do oscar de melhor roteiro original por 'gênio indomável' em 1998, deve seguir... ok que a trama se arrasta em diversos momentos (tinha uma galera dormindo no cinema), mas ainda assim affleck demonstra domínio técnico em uma ou outra seqüência de execução mais complicada... enfim, o resultado ficou longe do oscar e do framboesa... agora uma observação, muito ruim mesmo só o título tosco em português que passa a impressão de que o longa é muito pior do que realmente é.
...um casal assustado com alguns eventos inexplicáveis, resolve instalar um sistema de câmeras de segurança por toda a casa... nem mais o modelo clássico do passado, nem mais o modelo trash dos anos oitenta, simplesmente de um dia para o outro, desaprenderam a fazer filmes de terror/suspense... uns culpam a evolução tecnológica, outros o maior acesso a informação e os novos hábitos da sociedade... a verdade é que as fórmulas não funcionavam mais e o gênero entrou em decadência... tentaram ressuscitar o terror com os teens 'pânico', 'eu sei o que vocês fizeram no verão passado' e outros, mas o resultado como já sabemos, não foi dos melhores... mas aí inventaram a modalidade 'encontramos essas imagens 'reais' bizarras'... o que começou com 'bruxa de blair', passou por 'rec', 'cloverfield', 'contatos do quarto grau' e o excelente 'atividade paranormal', que ganhou uma continuação ainda melhor... sem aparecer grandes vilões invencíveis ou sustos mirabolantes, o diretor tod williams (de 'provocação', 2004) constrói um enorme clima de tensão em um filme em que a maior parte do tempo não acontece absolutamente nada... o resultado sem dúvidas, deve-se ao talento e criatividade de todos os envolvidos.
...um jovem impetuoso vive em uma relação de amor e ódio com a sua mãe... falando em cinema independente... atravessando as fronteiras de hollywood e do cinemark, podemos chegar a uma conclusão: a galera yankee não nasceu para esse tipo de cinema... primeiro que o cinema independente (quase sempre associado ao cinema de arte) possui características que de uma maneira ou de outra não atingem o grande público... segundo que sei lá, o estadunidense em geral não é assim tão sensível e profundo... alguns até realmente se esforçam (e quase nos enganam), mas resultados como 'eu matei minha mãe', não encontramos no cinema made in usa que é pautado sempre na arrecadação... no filme em questão, além do afastamento natural dos elementos do cinema convencional, a produção ainda flerta com as artes, a psicologia e a filosofia... surpreende além do excelente resultado e das grandes atuações, a sensibilidade alcançada por um filme dirigido por um jovem de apenas 21 anos... xavier dolan é quem atua e dirige essa pequena obra-prima... guardem esse nome.
...bem kalmen era o dono de uma rede de concessionária de carros, mas devido a problemas pessoais e profissionais, terá de começar a vida do zero... uma das saídas para os astros de outrora voltarem a trabalhar ou pelo menos serem levados a sério no final da vida (?), é apostar no cinema independente... alguns conseguem resultados espetaculares e se reinventam, como bill murray em 'encontros e desencontros', outros não chegam a tanto como michael douglas em 'o solteirão'... o ator vencedor do oscar de melhor ator em 1988 por 'wall street poder e cobiça' e que atualmente luta contra um câncer, teve as melhores intenções ao se envolver com este projeto, mas infelizmente o filme é fraco... a sensação é que a produção dirigida pela dupla brian koppelman e david levien (roteiristas de 'treze homens e um novo segredo' 2007), acredita ser muito profunda, intensa e tal, mas na verdade os personagens e as situações são aleatórias, as seqüências vão se atropelando e o final é pseudo-aberto só para o longa pagar de espertão e cult.
...a história da banda de rock the runaways, composta somente por mulheres, centrada em especial nas integrantes joan jett e cherie currie... em 2001 uma menina de 7 anos (mesmo dividindo a cena com sean penn) roubava todas as atenções de um filme só para ela... o longa era 'uma lição de amor' e a tal menina era dakota fanning... alguns anos se passaram, ela apresentou algumas boas atuações até participar da saga crepúsculo e eu claro, questionar o seu talento... em 2002 uma menina de 12 anos (mesmo dividindo a cena com jodie foster) roubava todas as atenções de um filme só para ela... o longa era 'o quarto do pânico' e a tal menina era kristen stewart... alguns anos se passaram, ela apresentou algumas boas atuações até participar da saga crepúsculo e eu claro, questionar o seu talento... pensei 'mais duas crianças freaks talentosas hollywoodianas que crescem, perdem o talento e só continuam freaks'... mas aí 'the runaways as garotas do rock' atestou que o problema mesmo era com o filme dos vampiros... dakota fanning (digna de oscar) e kristen stewart estão brilhantes nos papéis de cherie currie e joan jett... além delas o excelente filme conta com o desempenho marcante de michael shannon e rock de verdade.
...holly e messer são padrinhos da pequena sophie e se detestam, porém, um acidente fará com que ambos tenham que cuidar da criança a partir de agora... 'ligeiramente grávidos', 'vestida para casar', 'a verdade nua e crua', 'par perfeito' e agora 'juntos pelo acaso'... ou seja, nos últimos anos pensou em comédia romântica pensou em katherine heigl... agora se isso é bom para a carreira da mocinha que não morre nunca (?) no greys anatomy?... então, se olharmos do ponto de vista da conta corrente, é maravilhoso... agora se o objetivo dela é ser levada a sério, a história já provou que uma carreira pautada em escolhas do tipo possuem pouco crédito com a crítica... mas enfim, sejamos justos... ok que a atriz errou muito mais do que acertou até aqui, mas 'juntos pelo acaso' é super simpático... é previsível como todos os filmes do gênero costumam ser, mas ainda sim é o melhor filme de sua carreira até então... indico assistir em um dia de semana que você mate o trabalho, naquelas primeiras e vazias sessões da tarde... eu recomendando faltar ao trabalho para assistir uma comédia romântica nos cinemas?... nem vem, vocês não esperavam por essa.
...cap. nascimento faz o bope crescer e coloca o tráfico de drogas de joelho, mas não percebe que está ajudando os seus verdadeiros inimigos... quando exatamente nasce um super-herói?... nos eua quase todos (ou todos) surgiram em momentos em que o país sentiu-se ameaçado... no brasil (mais precisamente no rj) criamos o nosso no auge da violência urbana... capitão nascimento com a sua farda preta a bordo do caveirão é o nosso justiceiro... e não caça só bandidos, combate também a corrupção, o sistema e a hipocrisia política... por isso as suas ações são aplaudidas pelas platéias em êxtase e sedentas por justiça... e é aí que começa a minha preocupação... o filme como filme é ótimo, o elenco é talentoso, a técnica é competente e tal... o que me preocupa é a reação positiva da platéia que ovaciona o seu herói quando este fuzila três bandidos ou espanca um político corrupto... eu não sei até que ponto esse aval em forma de aplausos, assovios e manifestações do tipo 'nascimento para presidente!' é digamos, positiva... porque sinceramente a tal mensagem indiscutivelmente fascista do filme só faz sentido se nós proclamarmos 'é assim que tem que ser'... é preciso refletir sobre a sociedade em que queremos viver.
...divorciada, elizabeth gilbert resolve embarcar em uma jornada de auto-conhecimento ao redor do mundo... nem comédia, nem romance, nem drama, nem filme de mulherzinha estrelado pela julia roberts... ok, talvez um pouco dos quatro também, mas 'comer rezar amar' é antes de tudo um filme de auto-ajuda... é impossível não se identificar pelo menos com uma das crises existenciais vividas e narradas pela jornalista interpretada por julia roberts... e mesmo que a gente não tenha assim, digamos, patrocínio para comer na itália, rezar na índia e amar em bali, é provável que todos simpatizem com a produção... seja pelo bom trabalho do elenco ou pelos diversos ótimos momentos do filme dirigido por ryan murphy, criador da série 'glee'... ainda tem a belíssima música original do filme, 'better days', interpretada pelo cantor eddie vedder (pearl jam)... se mesmo assim nada no longa te emocionar ou fazer com que você reflita um pouquinho, ou você é muito bem resolvido (parabéns) ou talvez esteja na hora de você sair por aí para comer, rezar e amar em algum lugar... mesmo que a sua jornada sofra uns pequenos ajustes do tipo comer em arraial do cabo, rezar em cabo frio e amar em búzios, será muito bom para você.
...gordon gekko ao sair da prisão tenta alertar wall street de um iminente colapso financeiro, mas por causa da sua fama de trapaceiro, nem mesmo o futuro marido da sua filha o leva a sério... quem me conhece sabe que já tem um tempo que eu digo que o diretor oliver stone deveria pensar em sua aposentadoria... o caso aqui nem é de perseguição barata ou implicância, é só 'preservação'... porque um diretor que conta com clássicos como 'platoon', 'nascido em 4 de julho' e 'assassinos por natureza' no currículo, dava sinais que já tinha perdido a mão com 'alexandre' e 'as torres gêmeas'... mas enfim, eu pelo visto estava errado... em 'wall street o dinheiro nunca dorme', o vencedor de três oscars e cinco globos de ouro voltou a realizar um trabalho à altura de sua carreira... com o gancho da última crise econômica, acompanhamos a saída de gordon gekko da prisão (personagem que rendeu o oscar para michael douglas em 1988) e a eterna teia de jogos, trapaças e conspirações de wall street... por isso, mesmo com o final americano demais (leia-se: feliz sem necessidade) e um certo excesso de firulas visuais (uma marca registrada do diretor), é de se comemorar que assim como o lendário personagem de douglas, oliver stone está vivo e de volta ao jogo.
...kassie que sempre sonhou em ser mãe resolve fazer uma produção independente, o que ela não esperava é que o seu melhor amigo tivesse tamanha participação no resultado... ultimamente eu tenho ouvido bastante uma música que tem um refrão traduzido mais ou menos assim 'hollywood infectou o seu cérebro / você quer beijos na chuva / vivendo em uma cena de cinema / vomitando sonhos americanos'... e querem saber de uma coisa? eu sei que eu bato de vez em quando nessa indústria, mas às vezes para recuperar as nossas (falsas?) esperanças é preciso assistir um filme do tipo... porque quando realizado com o mínimo de competência (que é o caso), poucas coisas como o cinema água com açucar hollywodiano, tem o poder de fazer com que a gente fique com aquela cara de idiota em frente a tela acreditando que o mundo seja exatamente assim... a produção conta com jeff goldblum e juliette lewis que estão fora do tom a ponto de fazer com que eu me lembre que o filme não seja nada demais, mas também conta com jennifer aniston (a minha 'friend' favorita), jason bateman (no papel de sempre que ele faz tão bem) e a criança mais fofa do mundo, que me fazem querer sim (!!!) beijos na chuva... meus amigos, só realidade cansa.
...após seis semanas de relacionamento, erin que voltou para a sua casa em são francisco e garrett que ficou em nova york por causa do seu emprego, decidem começar um namoro à distância... o gênero comédia romântica sempre foi um dos principais temas de discussão desse blog... e nesse tal gênero fadado a mesmice onde todo mundo apenas tenta fazer o 'menos pior filme possível', drew barrymore reina... não sei se por felicidade de suas escolhas profissionais ou se por sua feiúra encantadoramente fofa, a atriz sempre foi garantia de 'não vai ser tão ruim assim'... mas aí veio o filme 'amor à distância'... ao lado de justin long, seu namorado na vida real (?), drew barrymore estrela um dos seus longas mais fracos, e até pior que isso, um dos mais chatos... as idas e vindas de new york a los angeles entre os pombinhos que se amam à distância, cansam a ponto da gente começar a torcer para o avião cair e a história dar uma guinada mínima... mas é claro que isso não acontece... não tem momentos fofos ou engraçados e sobram seqüências desnecessárias... gente eu juro que eu não estou mal humorado, a programação cinematográfica é que anda um tanto fraca.
...alice continua sua jornada para encontrar e proteger os poucos sobreviventes que restaram... falando em continuações... se você tiver saco de ler a postagem abaixo vai ter uma idéia do que eu penso sobre as continuações hollywoodianas... e 'resident evil 4 recomeço' só deu aquela forçinha para comprovar o que eu tinha comentado... o filme que não faz sentido desde o primeiro, insiste em ficar lançando continuações sofríveis em busca de uns doláres a mais... e aqui a teoria do tal capitalismo hollywoodiano ainda é reforçada com a presença de um 3d capenga e embaçado que não tem outra função a não ser o de deixar o ingresso mais caro... a série dirigida por paul w.s. anderson (que por exemplo, tem no seu currículo os dois filmes do mortal kombat) e estrelada pela sua esforçada esposa milla jovovich, ainda carrega para o buraco o nome de um dos melhores games de todos os tempos... já que a única semelhança entre o longa e o game são os nomes dos personagens e o título do próprio, o resto os produtores (do longa, é claro) fizeram questão de jogar no lixo... o triste é que o filme fez sucesso nas bilheterias americanas e o final é mais do que aberto, ou seja, o 5 vem aí, fazendo sentido ou não, para tirar mais um dinheirinho da gente.
...há quinze minutos a polícia não tem qualquer contato com as pessoas que estão em um edifício em quarentena, e como ninguem sabe o que aconteceu lá dentro, uma equipe especial resolve entrar no local... teoricamente, a continuação de um determinado filme serve para complementar ou aprofundar a história contada anteriormente... isso pode até parecer óbvio, mas hollywood por exemplo, acredita que continuações não precisam fazer sentido e sim dinheiro (vide as continuações de 'matrix' e 'piratas do caribe')... enfim, 'rec 2 possuídos' é espanhol e pelo visto não faz questão apenas do din din... logo jaumé balagueró (cineasta viciado no tema escuridão) e paco plaza, não resolveram fazer uma continuação só por fazer... com um roteiro convincente, criatividade, lógica e talento fizeram um dos melhores filmes do ano (acredite)... vale destacar ainda a naturalidade absurda do elenco e o grau de tensão alcançado em diversas seqüências... o 3 vem aí em 2012, 'rec apocalypse'... que o capitalismo não suba a cabeça desses espanhóis... ah, e que os americanos não (!) façam 'quarentena 2'.
...uma professora de quarenta anos na mesma semana é abandonada pelo marido, perde a sua mãe adotiva, se envolve com um pai de um aluno e conhece sua mãe biológica... quando eu penso em uma pessoa 'sem sal' eu penso na helen hunt... não tem jeito, na minha humilde opinião não existe ninguém mais sem graça no mundo do que ela... o que surpreende é que esse seu habitual estilo de atuação 'estou com fome, sede, frio, calor, feliz e triste' (tudo resumido em uma única expressão) já rendeu para a moçoila 1 oscar, 4 globos de ouro, 4 emmys (consecutivos!), e outras dezenas de prêmios... mas aí o tempo foi passando (leia-se: a década de noventa foi acabando), a série 'mad about you' chegou ao fim, tornados 'saíram de moda', e helen hunt caiu no esquecimento... como ninguém a chamava para mais nada, ela recentemente ('quando me apaixono' é de 2007) teve a grande idéia de virar diretora, e adivinhem só quem ela escalou para o papel principal do seu primeiro filme? helen hunt!... o resultado? nem é dos piores principalmente pela feliz escolha do resto do elenco... helen hunt como atriz? bem, que ela passe a apostar (somente) na nova carreira de diretora.
...após a morte de seu corpo físico, um médico acorda no mundo espiritual, onde terá que aprender novos valores... então, deixa eu fazer um alerta para todos vocês que gostaram de 'chico xavier o filme', e por isso pretendem assitir 'nosso lar'... independente do que você acredita ou não acredita, não tenho dúvidas que seja muito (!) mais fácil se identificar com a cinebiografia do médium mineiro do que com o longa baseado em um dos livros psicografados por ele... porque enquanto em um a figura humana é universal e supera até mesmo a fé, no filme em questão é preciso acreditar... ou seja, não é necessário ser espírita para se emocionar com a vida de chico xavier, mas a sua opção religiosa é praticamente fundamental para você crer na fantástica história narrada por andré luiz... enfim, sobre o filme especificamente... o resultado mediano, mas extremamente corajoso, transita entre a precisa atuação do ator renato prieto e o esforço técnico louvável (em hollywood um filme desse teria custado pelo menos uns 100 milhões), e um elenco secundário muito fraquinho, que compromete a emoção desejada ou necessária para uma ou outra sequência.
...uma mulher descobre que está casada há três anos com um assassino profissional... todo mundo tem o dia 'o emprego não presta, eu sou infeliz, essa vida é injusta'... alguns vão para o barzinho, outros para a casa da vó e eu vou para o cinema... mas não é qualquer cinema, tem que ser aquele de shopping e o filme precisa ser um que eu jamais gastaria o meu dinheiro se estivesse 100%... as opções eram uma comédia romântica ou então uma pré-estreia de um filme infantil envolvendo cães e gatos... como não estava tão mal assim, optei por 'par perfeito'... o resultado bizonho não me surpreendeu, ao contrário da sequência final inacreditável que eu não posso deixar de comentar... [alerta spoiler!] depois de descobrir que o seu marido era na verdade um assassino profissional e de ser perseguida por todos os vizinhos armados até os dentes, a personagem de katherine heigl propõem um circulo de confiança entre ela, o seu marido (assassino), o seu pai (também assassino) e a sua mãe alcoólatra, já que ela está grávida... tipo assim 'apesar do que aconteceu, da casa destruída e de termos matados todos os vizinhos que queriam nos matar, quero confiar em vocês daqui para frente em nome do meu bebê'... depois disso, eu fiquei bom rapidinho.
...um grupo de mercenários aceita a missão de retirar um ditador do comando de uma pequena ilha... por motivos que todos devem saber, tive que me preparar por algum tempo até que o meu patriotismo não atrapalhasse em nada a minha análise sobre o filme 'os mercenários'... mas sabe de uma coisa? nem era preciso, independente do que stallone falou ou não sobre o brasil, seu novo filme é completamente desprezível... a produção que contou com locações, atores e até técnicos brasileiros, é um ctrl-c + ctrl-v mal feito do que tinha de pior no cinema de ação dos anos oitenta... sobram astros decadentes e entupidos de botox, moral democrática americanóide, explosões, ditadores e uma personagem hot latina interpretada pela nossa mexicana naturalizada giselle itiê, que ao menos prova que sabe gritar em outros dois idiomas também... se era para chutar o balde e reunir toda a turma, é lamentável apenas as ausências de steven seagal, jean-claude van damme e chuck norris (esqueci de mais alguém?)... enfim, muito pior do que as bobagens que sylvester stallone falou sobre o nosso país, é a merd# (!!) da produção que ele tanto se orgulha de ter escrito, dirigido e atuado.
...o projeto apresenta cinco curtas de ficção sobre diferentes aspectos da vida em suas comunidades... no início da década de sessenta cinco jovens universitários subiram os morros da cidade do rio de janeiro para realizar o projeto '5 x favela', um marco do nosso cinema novo... agora, cinquenta anos depois, jovens moradores de favelas cariocas (após participarem de oficinas profissionalizantes de audiovisual ministradas por grandes nomes do cinema brasileiro) é que são os responsáveis pelo projeto '5 x favela agora por nós mesmos'... o que independentemente do resultado já é ótimo, porque não é mais a visão de um 'estrangeiro' sobre a realidade, é uma espécie de 'auto-retrato'... sem falar também da oportunidade que centenas de jovens tiveram com o projeto... enfim, além da função social cumprida, os curtas são bons (com destaque para o episódio 2 'arroz com feijão')... produzido por cacá diegues (que participou também do projeto original) e exibido no último festival de cannes, é o primeiro longa brasileiro totalmente concebido, escrito e realizado por moradores de favelas... e isso, sem dúvidas, já é um grande motivo para todos prestigiarem.
...misteriosamente moradores de uma pequena cidade dos eua tornam-se pessoas silenciosas e extremamente agressivas... alguns profissionais conseguem construir toda uma carreira no cinema apenas na base do tosco e do bizarro... e george a. romero é talvez um dos maiores exemplos disso... considerado o pai dos filmes de zumbis, o diretor de pérolas do cinema como 'a noite dos mortos vivos' de 1968 e 'despertar dos mortos' de 1978, é a todo momento copiado, citado e refilmado... como é o caso do filme em questão, que é um remake de 'o exército do extermínio' de 1973... em 'a epidemia' o diretor breck eisner (de 'sahara' 2005) deve ao menos ser parabenizado por ter levado o filme a sério... o elenco não compromete, as sequências são aceitáveis, a edição ágil funciona e em nenhum (!) momento a produção descamba para o humor involuntário, problema típico dos filmes que envolvem zumbis, pessoas possuídas ou sei lá... portanto não vá esperando muita coisa, esse é o tipo de filme para se assistir com aqueles velhos amigos e se distrair um pouco... assim fica até melhor.
...três mulheres terão os seus destinos ligados através de um único tema: a adoção... parece, mas não é... 'destinos ligados' não é o novo filme de alejandro gonzález iñárritu, na verdade aqui ele é apenas o produtor executivo... e isso fica claro logo no início da produção... apesar de carregar a marca registrada do cineasta mexicano (um único evento alterando e ou envolvendo direta e ou indiretamente a vida de diversas pessoas), o filme do colombiano rodrigo garcía (mais conhecido por dirigir alguns episódios de séries como 'in treatment' e 'six feet under'), não funciona em nenhum momento e nem de longe lembra toda a dinâmica magistral dos trabalhos de iñárritu ('amores brutos', '21 gramas' e 'babel')... a história é confusa (é um tal de morre e adota que meu deus!), os personagens são mal construídos (naomi watts é no início bem sucedida profissionalmente, destemida e sem emoção, de uma hora para outra vira uma maníaca do sexo que no fim se redescobre com a maternidade) e o resultado é claro, não convence... é o tipo do filme que eu classifico como 'supercine', isso mesmo, aquela sessão da emissora do plim-plim que costuma passar diversas produções do tipo... uma falsa profundidade que dói.
...gru sonha em roubar a lua e assim, voltar ao posto de maior vilão do mundo... o trabalho do dublador é um elemento essencial em um longa de animação... porém, de um tempo para cá, esses grandes/indispensáveis profissionais foram sendo desvalorizados... e eu sempre acreditei que o principal motivo disso tinha sido o fato de que as produções começaram a apostar em figuras famosas em detrimento do talento em si, e aí felipe dylon virou um peixe, thiago lacerda um marujo e bussunda um ogro... mas ao ver o trabalho de leandro hassum no surpreendente 'meu malvado favorito', toda a minha teoria foi pelo ralo... o humorista consegue injetar, esbanjando talento, personalidade e carisma ao mal-humorado protagonista... ou seja, o problema não é ser dublado por um famoso, o que não dá é para os profissionais perderem espaço para (sub) celebridades que não possuem menor vocação para o trabalho... a dublagem é apenas uma das muitas e boas surpresas desta excelente produção... e por essas e outras (em um mercado monopolizado por pixar, disney e dreamworks) que a universal tirou a maior onda de gente grande em seu primeiro longa de animação.
...um ladrão capaz de penetrar no universo dos sonhos e assim roubar valiosos segredos das pessoas enquanto elas dormem, aceita realizar uma missão considerada impossível... depois do mega sucesso comercial alcançado pelos seus espetaculares 'batman begins' 2005 e 'batman o cavaleiro das trevas' 2008, o diretor christopher nolan ganhou carta branca (leia-se orçamento necessário) dos estúdios para realizar o seu mais novo filme... em troca os estúdios pelo visto só exigiram do rapaz um pouco mais de linearidade da história (em relação a trabalhos anteriores seus como 'amnésia' 2000 e 'o grande truque' 2006), para conquistar o grande público... nolan porém não deixou essa 'exigência' se transformar em falta de ousadia... liderados por leonardo di caprio (interpretando um personagem parecido com o de 'ilha do medo'), o super elenco de 'a origem' protaganiza durante 148 minutos as seqüências mais espetaculares da temporada (a cena da van capotando é antológica)... além disso, o trabalho técnico é uma aula de cinema à parte e a trilha sonora do veterano hans zimmer só aumenta toda a tensão da trama... o resultado é um impecável eqüilíbrio entre reflexão e diversão... estamos diante do filme do ano... e afinal, o pião balançou?
...trabalhando como agente da cia, evelyn salt é colocada à prova ao ser acusada por um desertor russo de ser uma espiã da antiga união soviética infiltrada... então, quando phillipe noyce dirigiu 'jogos patrióticos' em 1992, os eua ainda tinham o que podemos chamar de 'resquício de moral'... apesar da guerra do vietnã e tal, o 'sonho americano' ainda era sustentado por uma imagem externa razoavelmente boa... depois disso o bush jr. fez questão de afundar de vez a moral do seu país no mundo... ou seja, para a gente engolir um filme onde a rússia é o vilão do mundo e os eua estão prestes a sofrer um ataque (coitados!), só sendo um filmaço ou então o cinema todo torcerá contra... que foi o que aconteceu em 'salt'... a trama inapropiada sofre de uma falta de lógica tão absurda que a própria ação em si (que é a grande atração do longa junto com angelina jolie, que se esforça entre um carão e outro) acaba não convencendo e ficando em segundo plano... enfim, para os norte-americanos voltarem a 'pagar' de mocinhos muitas coisas terão que mudar, a começar pela qualidade dos filmes.
...ponyo, uma peixinha dourada, resolve se tornar humana só para ficar mais tempo ao lado do seu mais novo melhor amigo... o novo longa do mestre da animação hayao miyazaki, é mais uma produção a desembarcar com um atraso absurdo nos cinemas brasileiros... o que algumas distribuidoras fazem no brasil é realmente inacreditável... mas não vamos perder nosso tempo criticando uma coisa que aparentemente nunca irá mudar... vamos levantar, ir ao cinema mais próximo e prestigiar a beleza hipnótica de toda a poesia do cinema do diretor vencedor do oscar por 'a viagem de chihiro'... a idéia de fazer 'ponyo uma amizade que veio do mar', surgiu depois que o cineasta japonês assistiu ao também desenho animado 'a pequena sereia'... porém a relação entre eles ficou somente na base da idéia... toda a fofice e as canções edificantes da disney, jamais embalariam um longa de hayao... por mais que também exista toda uma mensagem por trás da história, esta é apresentada pelos espetaculares delírios históricos e visuais próprios do cinema de hayao miyazaki.
...um brilhante cientista francês que mora nos estados unidos há 15 anos de repente se vê obrigado a voltar à sua terra natal para cuidar de sua filha adolescente... o cinema francês pode ser considerado um dos mais importantes e influentes de todo o mundo... em termos históricos e técnicos teve um papel fundamental para a sétima arte... e até hoje ainda é um dos países que mais produz filmes por ano... porém, quantidade não necessariamente reflete-se em qualidade... e vez por outra damos de cara com um '15 anos e meio' da vida... a produção de 2008 dirigida por françois desagnat e thomas sorriaux, é um genérico de um típico exemplar hollywoodiano envolvendo uma adolescente rebelde e um papai distante que de uma hora para outra terá que lidar com a filhona... nem o talento de daniel auteuil (um dos melhores atores do cinema europeu) deu jeito em um longa completamente fora do tom, onde quase nenhuma piada funciona... podem culpar a globalização, o capitalismo, o imperialismo yankee ou sei lá, a verdade é que o filme é muito abaixo da média.
...por falta de um defunto, o prefeito odorico paraguaçu não consegue inaugurar a sua maior realização, o cemitério municipal de sucupira... peça teatral nos anos sessenta, novela global nos anos setenta, série de televisão nos anos oitenta e longa metragem em 2010... períodos históricos dos mais distintos e as próprias peculiaridades de cada tipo de expressão artística apenas comprovam como a obra de dias gomes é atemporal... e com mais ou menos êxito, a crítica a política e aos políticos funcionam... até no novo filme de guel arraes, que mesmo longe de ser fantástico, é divertido (apesar de concordar que os saltos no tempo, o didatismo no roteiro e a participação de caetano veloso na trilha sonora, prejudicaram o resultado final da produção)... mas infelizmente o que venho lendo na maior parte da crítica especializada é uma comparação idiota entre o filme e suas outras versões, principalmente a novela... ao invés de comparar o nanini com o gracindo ou isso com aquilo, seria melhor ater-se ao que funciona ou não, o que ficou bom ou ruim... portanto, é necessário deixar todo o saudosismo do lado de fora do cinema e é preciso estar bem claro que essa é uma nova versão, com novos atores e realizada em um novo tempo (!).
...levados para um outro planeta, um grupo de desconhecidos terá que enfrentar uma poderosa raça alienígena... vamos deixar tudo claro... 'predadores' é a continuação dos excelentes 'predador' de 1987 e 'predador 2' de 1990, e não tem nada a ver com os horripilantes 'alien vs predador' de 2004 e 'alien vs predador 2' de 2007, a não ser é claro, pela presença do próprio... e esse é o primeiro ponto marcado pela produção, dar seqüencia a dois grandes filmes e esquecer uma outra coisa totalmente desprezível... os outros acertos do esforçado longa dirigido por nimród antal (de 'temos vagas') e produzido por robert rodriguez, ficam por conta da recuperação de algumas passagens da trilha sonora original de alan silvestri e da canção de little richard 'long tall sally', que de uma forma ou de outra ajudam a construir aquela atmosfera do filme original... mas apesar do esforço, adrien brody não é um protagonista à altura de arnold schwarzenegger e nem de danny glover, o roteiro é confuso, e o elenco (que conta com a nossa alice braga) digamos, não é dos mais expressivos.
...um psicopata se esconde atrás do volante de seu carro indestrutível perseguindo mulheres aparentemente inocentes... se clicar no postêr aqui do lado, você vai ficar chocado com a data original do lançamento do sexto longa metragem dirigido pelo mestre do cinema contemporâneo quentin tarantino... além da revolta no inacreditável atraso da estréia nos cinemas brasileiros, o longa ainda foi desmembrado do seu projeto original... ao lado de 'planeta terror', formava o 'grindhouse', uma homenagem as sessões duplas de filmes de baixo orçamento exibidas em 'cinemas-poeira' da década de setenta... o projeto ainda era composto por trailers e comercias falsos antes e entre as produções... enfim, 'à prova de morte' é mais uma obra-prima dirigida, escrita, produzida e fotografada (!) por quentin tarantino... ao contrário de umas cópias fajutas que surgiram depois que tarantino revolucionou a forma de ser fazer cinema no início da década de noventa, as obras do diretor de 'pulp fiction' não possuem estilo pelo estilo e sim estilo pelo conteúdo e forma... aqui ele brinca com as supostas limitações técnicas, cria seqüências e diálogos antológicos e prova que sabe tudo e mais um pouco de cinema... é sempre um prazer indescritível assistir tarantino.
...shrek sente falta da adrenalina e da liberdade que tinha no passado, por esse motivo acaba assinando um pacto mágico com o trapaceiro rumpelstiltiskin... todo tipo de relação chega ao seu limite?... apesar da minha habitual negativa para esse questionamento, tenho que concordar que quase a maioria da população no planeta pensa que sim... e pelo visto os próprios produtores da franquia shrek pensam o mesmo... acreditando que o casamento tenha sido o grande responsável pelo fracasso do terceiro filme da série (que de fato é terrível, mas é claro que por outros motivos) os responsáveis pela produção decidiram apostar no passado... em um meio flashback / meio realidade paralela (lost?), o ogro shrek após descobrir que era mais feliz no casamento (falei!), terá que reconquistar não só a sua amada fiona (e conseqüentemente os seus filhos), mas também a amizade do burro, do gato de botas, do dragão e etc... ou seja, o filme tem a maior cara de ser o primeiro da série (a fórmula que deu mais certo)... é uma bela e simpática despedida, mas em 3d, para arrecadar um pouquinho mai$.
...a caminho do casamento de sua irmã caçula, uma mulher se vê envolvida em uma trama internacional após esbarrar em um misterioso homem... hollywood é uma indústria que produz principalmente tipos, e como todos nós já sabemos, não costuma arriscar muito... assim, mantém e repete sempre o que dá certo... fórmulas, atores, morais, tramas e personagens costumam saltar de uma produção para outra na maior naturalidade... em 'encontro explosivo', tradução para 'knight and day' (?), hollywood recortou e colou o tom cruise dos filme de ação, a cameron diaz loira, engraçada e sexy, e até mesmo o peter sarsgaard que nunca é quem parece ser e o paul dano e seu tipão pseudo-retardado... o resultado?... apesar da sensação de já ter visto tudo (personagens, cenas, história, tudo!) em alguma outra sessão, é bem divertido... o filme dirigido pelo eclético james mangold (de 'garota interrompida', 'identidade', 'os indomáveis', entre outros) acerta ao alternar ação e comédia, nas músicas de 'hall and oates' e principalmente, na química entre cruise e diaz.
...woody, buzz e seus companheiros terão que lidar com fato de que o seu dono, andy, está indo para a faculdade... todo filme (produto) tem o seu público-alvo, alguns atingem até milhões de pessoas e outros umas poucas dezenas... e saber identificar para quem a produção está 'falando' é um grande passo para evitar uma possível decepção... em 'toy story 3', o diálogo se estabelece de fato entre o longa e o público que cresceu junto com o filme, e que está mais ou menos na fase do personagem andy, indo para a faculdade ou saindo de casa... não que o filme não seja também para os nenéns ou para os vovôs, mas faz muito mais sentido se você foi crescendo junto com a série... não à toa é muito triste para os pequeninos (logo também para os pais), mas perfeito para aqueles que a pouco também tiveram que abandonar os seus woody's e buzz's... aí para essa turma (que eu me incluo) fica difícil não se emocionar ou pelo menos não se identificar com diversas passagens... a cena final serve para ilustrar a transição de uma geração para outra, que a partir de agora também terá as suas histórias, seus personagens favoritos e as suas referências.
...edward e jacob decidem unir forças para enfrentar uma nova ameaça a vida de bella... desisto (!), amanhã eu vou comprar (ou pegar emprestado com alguém) os livros da saga crepúsculo... não é nem para tentar entender a histeria coletiva de teens (que de tempos em tempos estão dispostas a gritar e se descabelar por qualquer coisa que apareça), e o sucesso que cerca tudo relacionado a saga, é na verdade para ver se os livros são tão terríveis quanto os filmes... meu deus do céu, tudo e todos na produção de 'eclipse' são sofríveis... as seqüências, o trabalho técnico, as atuações e as motivações inacreditáveis que movem toda a trama do filme são contrangedoras... ainda assim no meio desse caos, o triângulo amoroso formado por edward, jacob e bella consegue se 'destacar'... me desculpem, mas não tem como não rir... acredito que a 'antológica' cena na barraca de camping possa falar por mim (qualquer coisa para salvar bella!)... por sinal, a personagem mais chata da história pode ser melhor compreendida em uma das mais 'complexas' letras da nossa música, do grupo spc ou só pra contrariar: 'tô fazendo amor com outra pessoa / mas meu coração vai ser para sempre seu'... ok, parei por aqui.
...um menino entra em desespero quando suspeita que vai ganhar um irmão, pensando que assim seus pais não lhe darão mais atenção... adaptação das histórias infantis criadas por rené goscinny e jean-jacques sempé... filmes com crianças ou são patéticos e insuportáveis ou são apaixonantes e fantásticos, mais do que em qualquer outro gênero cinematográfico, nesse caso não a meio termo... costumam agradar mais os filmes com crianças problemáticas, inseguras ou simplesmente normais, do que aqueles estrelados por miniaturas de agente secreto, superdotados ou atletas... e o espetacular 'o pequeno nicolau' está muito mais para um 'pequena miss sunshine' do que para um 'o guerreiro didi e a ninja lili'... ou seja, a produção francesa é a prova de que um filme com ou para criança, não necessariamente precisa ser infantil no pior sentido, pode e deve divertir a pais e filhos... elenco afiado e roteiro preciso são só algumas das características dessa produção que não se excede em nenhum momento e é forte candidata a conquistar o posto de melhor filme do ano aqui no blog... imperdível.
...a história real do romance entre o poeta inglês john keats e a sua jovem vizinha fanny brawne... a experiência de assistir um filme, aparentemente simples, sofre muito mais influência da gente do que pensamos e vice-versa... por isso o momento errado, um dia ruim, cansaço ou até uma simples lembrança interferem diretamente na nossa opinião sobre uma produção, ao mesmo tempo que o filme causará em cada pessoa um sentimento diferente... hein? deixa eu dar um exemplo... você nunca viu um longa que 'detestou!' e depois revendo em um outro momento 'não achou tão ruim assim'?... ou ainda, não existe um filme que você não gosta porque te lembra uma tal pessoa ou momento?... então, deixa eu te avisar antes, 'brilho de uma paixão' é um filme que nos esgota emocionalmente e não é sempre que estamos dispostos a isso, portanto, não é para ser visto em um momento qualquer... é preciso estar preparado para assitir ao novo e excelente trabalho de jane campion (do sublime 'o piano'), que constrói dolorosas sequências quase que para serem apenas sentidas... as expectativas e os sentimentos vividos pelos jovens protagonistas são sufocantes... se você estiver disposto a tudo isso, a experiência, na minha opinião, será inesquecível.
...com a iminente morte do rei guilherme 4, vitória aos 17 anos está no centro de uma luta pelo poder real, já que a jovem é a herdeira do trono... todos os anos filmes de época desembarcam nos cinemas de olho nos oscars de melhor figurino, direção de arte e maquigem... reparou que eu não citei nem melhor filme, diretor, ator, atriz ou roteiro?... então, apesar de adorar os filmes do gênero, reconheço que esse é um grande problema... a maioria desses filmes que retratam a corte de não sei quem ou a vida do rei x e da rainha y, são feitos para serem apreciados e só... sempre com reconstituições espetaculares e figurinos e maquiagens impecáveis, mas com pouco, digamos, coração... e 'a jovem rainha vitória', é mais um desses exemplares obrigatórios para os estudantes de moda e nem tanto para os de cinema... emily blunt e rupert friend são os belos enfeites da produção dirigida por jean-marc vallée (do excelente 'c.r.a.z.y. loucos de amor'), que privilegiou o romance as conspirações e jogos do poder... a política expansionista e a revolução industrial dão lugar as declarações de amor... o resultado é até bonito, na verdade lindo, mas sem nenhuma emoção.
...militares de elite, condenados por um crime que não cometeram, escapam da cadeia e passam a sobreviver como mercenários... é possível realizar um bom filme pipoca/blockbuster estilo tiro, porrada e bomba?... sim, é possível realizar um filmaço (!), e 'esquadrão classe a' é um ótimo exemplo disso... baseado em uma série de televisão tosca da década de oitenta, o filme dirigido por joe carnahan (do ótimo 'narc' e do mediano 'a última cartada'), conseguiu através de um bom roteiro e elenco em grande forma, um equilíbrio absurdo entre ação e comédia... o filme é leve e divertido como todo blockbuster gostaria/deveria ser... e sem dúvidas o êxito da produção encontra-se em liam neeson, bradley cooper, sharlto copley e quinton jackson que protagonizam as mais mentirosas e hilárias sequências do ano... a produção ainda faz piada com a onda cinematográfica do 3d (presente em todo e qualquer longa atual), em uma sequência simplesmente impagável... após os créditos, duas cenas extras fecham com chave de ouro uma produção que, para a sua proposta, alcançou a perfeição.
...escritor é contratado para escrever as memórias de um ex-primeiro ministro britânico... eu sempre concordei com a teoria da minha querida professora de ética de que o ser humano é um pacote... e roman polanski, por todos os escândalos que envolvem a sua vida particular, não pode ser considerado um pacote dos mais exemplares... mas mesmo acreditando nisso e sabendo que atualmente o cineasta está preso respondendo por uma história para lá de mal contada, é preciso reconhecer ao menos as qualidades de grande diretor dentro do 'pacote polanski'... apesar de não estar nem perto das suas melhores produções, 'o escritor fantasma' ganha outra dimensão nas mãos do francês vencedor do oscar e da palma de ouro, fazendo com que este não seja apenas mais um filme no circuito... a grande força do filme ainda está no fato de que este pode ter sido o último trabalho de um senhor que mesmo não sendo um exemplo de pessoa, está entre os maiores cineastas de todos os tempos... fica ainda a reflexão sobre essas biografias de ex-presidentes, artistas, ex-bbbs (?), atletas, ou sei lá quem, que entopem as livrarias no mundo.
...apesar dos noventa e quatro filmes comentados em 2010 aqui no blog, vou contar um segredo para vocês: apenas quinze longas disputaram um lugar entre os dez melhores filmes exibidos esse ano nos cinemas brasileiros... é eu sei que fazer um top 10 geralmente é uma puta falta de justiça (ou seria de sacanagem?) com esse ou aquele filme que é realmente muito bom e tal... mas enfim, é a vida... vamos a listinha... se em 2008 o topo ficou com 'o escafandro e a borboleta' da frança e no ano seguinte com o made in usa 'sinédoque nova york', esse ano o primeiro lugar ficou com a espetacular produção argentina vencedora do oscar de melhor filme estrangeiro 'o segredo dos seus olhos'... seguido das seqüências mais espetaculares e engenhosas da década... as imperdíveis aventuras de um menininho francês... a intrigante saga de uma mãe coreana em busca da verdade... o novo clássico escrito, dirigido, produzido e fotografado por quentin tarantino... o dia em que a trilha sonora roubou a cena de um longa espetacular... o super-herói nacional que quebrou todos os recordes de bilheteria... o surpreendente filme brasileiro que faltava... tom ford provando que entende tudo também de cinema... e a produção dirigida pela primeira mulher a ganhar o oscar de melhor direção... então, esse é o top 10 do blog lostinhollywoodland em 2010...
