...2011 foi um ano de poucos filmes bons, mas esses poucos, foram realmente inesquecíveis... todos os dez filmes presentes nesta listinha me fizeram retornar ao cinema para prestigiar as produções por pelo menos mais uma vez... alguns, inclusive, já revi no dvd, no avião, no carro, na televisão... são dez filmes que eu sempre farei questão de rever... por isso mesmo, nunca foi tão fácil fazer um top 10... vale observar que apenas mais dois longas concorreram a uma vaga, mas é top 10 e não top 12... então vamos lá... na quarta edição do top 10 do blog lostinhollywoodland, um filme norte-americano voltou a figurar no topo... 'cisne negro' de darren aronofsky é o filme do ano aqui no blog pela vontade que eu sempre tenho de apaludir (de pé!) cada sequência, cada movimento da câmera de matthew libatique e, claro, a transformação da atriz natalie portman em cisne negro, um espetáculo... completam o top 10, uma fabulosa viagem pela origem da vida e seus mistérios... a nova obra-prima made in canada... a aula de conhecimento e criatividade de woody allen... o reencontro de pedro almodóvar e antonio banderas... o vencedor do oscar de melhor filme em 2011... a passagem do tempo filmada com maestria pelo mais importante cineasta iraniano... o filme brasileiro do ano realizado pelo grande centroavante do cinema nacional... um sonho de filme estrelado por tilda swinton na grande atuação desta temporada... e a cinebiografia que recusou todos os tipos de convencionalismo... então, companheiros e companheiras, este é o top 10 do blog lostinhollywoodland.
1.cisne negro, de darren aronofsky
2.a árvore da vida, de terrence malick
3.incêndios, de denis villeneuve
4.meia noite em paris, de woody allen
5.a pele que habito, de pedro almodóvar
6.o discurso do rei, de tom hooper
7.cópia fiel, de abbas kiarostami
8.o palhaço, de selton mello
9.um sonho de amor, de luca guadagnino
10.gainsbourg o homem que amava as mulheres, de joann sfar
...agradeço o incentivo daqueles que me fazem seguir em frente... até 2012! :)
...após se conhecerem na noite de 15 de julho de 1988, dexter e emma, concordam em manter a amizade e visitar um ao outro, sempre na mesma data pelos próximos anos, para ver como estão suas vidas... não é de hoje que eu implico um tantinho com os filmes da cineasta dinamarquesa lone scherfig... de 'italiano para principiantes' (que a projetou internacionalmente), passando por 'educação' (que eu nunca entendi como foi indicado ao oscar de melhor filme em 2010), até o filme em questão, 'um dia'... os longas de lone scherfig ainda não me convenceram... talvez seja pelo excesso de manipulação em determinadas sequências ou pela irregularidade narrativa gritante ou pela falsa profundidade que dói ou porque ela simplesmente não seja mesmo grandes coisas (pela soma de fatores, o mais provável)... e olha que dessa vez ela contou com todo o charme de jim sturgess e anne hathaway para adaptar o best-seller de david nicholls (que também assina o roteiro)... mas ainda assim o resultado é do típico filme mais ou menos... e você sabe né? nada pior do que um filme mais ou menos... porque antes ser inesquecivelmente bom ou ruim, do que ser mais um daqueles longas que em breve nem saberemos o nome ou ainda se já vimos ou não.
...uma família levava uma vida tranqüila em uma elegante mansão até o dia em que a residência é invadida e todos são mantidos como reféns... o que aconteceu com o joel schumacher que já fez filmes como 'garotos perdidos', 'um dia de fúria' e 'o cliente'? perdeu a mão, como dizem por aí, depois de 'batman eternamente' e 'batman e robin'... e com nicolas cage, que brilhou em 'arizona nunca mais', 'coração selvagem' e 'despedida em las vegas' (que lhe rendeu o oscar de melhor ator)? nove de dez dos seus últimos filmes são constrangedores... afinal, foram realmente as plásticas que fizeram desaparecer o talento de nicole kidman? porque ficou difícil encontrar um resquício que seja da brilhante atriz de 'moulin rouge', 'os outros' e 'as horas' (que lhe rendeu o oscar de melhor atriz)... por algum motivo (eu chutaria que foi por uma forte identificação), os três (aff) decidiram unir forças... o resultado? essa coisa inacreditável e tosca intitulada 'reféns'... com 'destaque' para os flashbacks ao estilo 'café com aroma de mulher', que retratam os momentos de um suposto envolvimento, ou melhor, de um chifre que, devido as circunstâncias, não ficou classificado como traição (?) e que, a princípio, motivou o tal sequestro... é claro que isso tudo não leva a lugar algum.
...enquanto um novo vírus letal se propaga por diversas regiões do mundo, a comunidade médica internacional inicia uma corrida para encontrar a cura... steven soderbergh certamente devia ser o cara mais legal do colégio e hoje em dia deve ter tipo um bilhão de amigos no 'face' e outros tantos seguidores no twitter... por que alguém já parou para analisar o elenco da maioria dos seus filmes? até mesmo dos projetos, aparentemente, menos pretensiosos?... então, é ou não é de causar uma invejinha?... em 'contágio', o vencedor da palma de ouro por 'sexo, mentiras e videotape', e do oscar de melhor diretor por 'traffic', reuniu gwyneth paltrow, matt damon, kate winslet, jude law, marion cotillard, laurence fishburne e john hawkes só para dar uma mostra do seu network... para termos uma idéia, dos sete citados, todos foram indicados ao oscar, quatro deles já premiados... o interessante é que além de garantir qualidade a produção, essas 'amizades' fazem o filme ganhar uma dinâmica imprevisível... é tanta gente famosa que nunca sabemos, por exemplo, quem é o principal, e aí aquele que julgamos ser o protagonista pode acabar morrendo sem cerimônias... mas a produção, claro, é mais do que um 'grande elenco' e o bom resultado ainda traz relevantes reflexões.
...um brilhante cirurgião plástico utiliza como cobaia em suas experiências uma misteriosa mulher que detém a chave para a sua obsessão... pedro almodóvar criou um cinema que transcende os gêneros cinematográficos... sim, além de uma inegável marca registrada (ou você nunca ouviu alguém falar que tal filme parece com um filme do almodóvar?), é praticamente impossível classificar qualquer trabalho do cineasta como uma comédia ou como um drama... pelas suas cores, ousadia, plasticidade e estilo, almodóvar, assim como quentin tarantino, por exemplo, se tornou um gênero à parte do cinema... é só olhar para a dificuldade que os produtores, distribuidores, críticos e o público tem para classificar o seu mais novo filme... ficção científica? terror? suspense? drama? thriller?... para mim, trata-se de um autêntico longa de almodóvar e em sua melhor forma... estrelado com vigor por antonio banderas (que reencontra o cineasta vinte um anos depois de 'ata-me'), marisa paredes e elena anaya, 'a pele que hábito', é mais um filme a integrar a extensa lista de clássicos do cineasta... é exatamente como está escrito na divulgação de 'tarântula', obra literária na qual o longa foi baseado: 'alguns livros dão bons filmes, outros dão filmes de almodóvar'.
...benjamim é um palhaço sem identidade, cpf e nem comprovante de residência que vive pelas estradas do interior do brasil na companhia da trupe do circo esperança... selton mello é um dos caras mais talentosos do cinema brasileiro, 'o grande centroavante do cinema nacional' como afirmou o ator paulo betti... basta olhar para o seu currículo: 'o auto da compadecida', 'lavoura arcaica', 'lisbela e o prisioneiro', 'o cheiro do ralo', 'meu nome não é johnny'... porém, recentemente, ele enfrentou uma profunda depressão que o fez pesar mais de cem quilos e cogitar desistir da carreira... mas ele voltou (ainda bem) e voltou inspirado... dirigindo e atuando, selton mello provou, para quem ainda tinha alguma dúvida, que o cinema é sim a sua praia... tecnicamente irretocável, visualmente encantador e com um elenco vibrante, 'o palhaço' é certamente o filme nacional do ano... as seqüências, carregadas de humor e emoção, são de uma rara beleza... vale destacar a memorável participação de moacyr franco... ao final é possível ainda traçar um paralelo entre criador e criatura, quando este se redescobre e descobre que vale a pena continuar... para o seu próprio bem e para o bem das platéias... o resultado é inesquecível.
...ao receber um telefonema de seu irmão tiago, dizendo que o seu pai havia falecido, marcos se vê obrigado a voltar para o brasil e encarar a vida que deixou para trás quando se mudou para roma... eu não sei qual era o objetivo do cineasta andré ristum na sua estréia em longas, mas a não ser que fosse o de realizar um filme que pouco acrescenta, ele simplesmente não foi nada feliz... incrível foi que ele convenceu rodrigo santoro e cauã reymond, dois dos mais prestigiados e concorridos atores do cinema nacional, além de débora falabella, paulo josé e a italiana anita caprioli a participarem do seu projeto... eu sinceramente não consigo imaginar o que pode ter atraído tanta gente boa para um filme que caminha em círculos e que nunca se permite avançar, ousar ou fazer refletir... são noventa e cinco minutos de espera por um longa que não acontece... as motivações não se explicam e os conflitos parecem forçados... rodrigo santoro, provavelmente, é o único a sair ileso desse naufrágio, porque o restante do elenco nem ao menos conseguiu desenvolver os seus personagens em meio a tanta apatia e desinteresse... ah, e aquele mafioso italiano era para ser engraçado né? sério que não?... enfim, o resultado é de uma indiferença colossal.
...rejeitada até pelo próprio pai, o responsável pela censura editorial no regime do apartheid, ingrid jonker é uma jovem poetisa que encontra na escrita a sensação de liberdade... o grande perigo da cinebiografia é que ela pode cair pro lado da homenagem (o que geralmente acontece em hollywood), colocando o retratado em um pedestal... mas pelo menos dois filmes em 2011 provaram que ainda existe 'luz no fim do túnel'... 'gainsbourg o homem que amava as mulheres', cinebiografia do francês serge gainsbourg, e agora 'borboletas negras', um retrato da sul-alfricana ingrid jonker... tratam-se de produções que não estão afim de, digamos, simpatizar com ninguém... nem com os biografados (!) e nem com o público... no filme em questão, por exemplo, graças a deus, a cineasta holandesa paula van der oest (de 'zus e zo' indicado ao oscar de filme estrangeiro' em 2003) expõe as vitórias e derrotas, as qualidades e defeitos, os acertos e erros de ingrid jonker... por vezes, fica quase impossível, mais uma vez, simpatizar com uma megera, louca, autodestrutiva, infiel em meio a brigas, bebedeiras, traições e até um aborto... méritos para a coragem dos realizadores e para o elenco (destaque para a protagonista carice van houten).
...emma vivia uma vida repleta de luxo mas com pouca paixão na cidade de milão até o dia em que conhece edoardo, um jovem e talentoso chef de cozinha amigo de um dos seus filhos... quem me conhece pessoalmente ou então lê os comentários aqui do blog com freqüência sabe que eu sou um pesquisador inveterado do oscar... mas apesar de anos dedicados ao assunto, um fato entre tantos e tantos outros, eu realmente ainda não consegui entender: por que a academy of motion picture arts and sciences, responsável pelo prêmio, criou regras tão confusas e complexas para a categoria 'filme estrangeiro' a ponto de empobrecer o nível dos indicados?... resultado? anualmente diversos filmes, que eventualmente se tornam clássicos do cinema, ficam de fora da listinha final por motivos muitas vezes inexplicáveis... e esse ano, é claro, não foi diferente e uma jóia do cinema italiano não foi indicada... a produção que foi lembrada apenas na categoria figurino, poderia ter rendido uma indicação também para a atriz tilda swinton, em composição magnífica... sem falar da música original de john adams, da fotografia de yorick le saux e da direção do jovem luca guadagnino, que revela perguntas e respostas do longa com o timing de um veterano... um sonho de filme.
...após perder a esposa e o emprego, um homem alcoólatra a caminho do suicídio se depara com 'o livro dos espíritos' de allan kardec, iniciando assim uma jornada rumo aos mistérios da vida espiritual e suas inúmeras influências no mundo material... os consecutivos sucessos de público transformaram o espiritismo em um gênero à parte (né?) do cinema nacional... de 'bezerra de menezes o diário de um espírito' de 2008 a este 'o filme dos espíritos'... o que nunca acompanhou este sucesso todo porém, foi algum reconhecimento por parte da crítica... o que na minha opinião já se tornou um hábito/perseguição... sim, tem muito (!) bonequinho saindo da sala do cinema sem nem mesmo entrar, se é que vocês me entendem bem... e eu sei de todos os inúmeros problemas comuns até então aos longas com a temática espírita, principalmente em aspectos técnicos, mas será que a crítica precisa usar o mesmo critério de avaliação para um filme realizado pela produtora ligada a fundação espírita andré luiz do que para uma produção hollywoodiana?... não é o melhor filme do ano, não é nem um bom filme, mas quem lê as críticas dos jornalões (?) praticamente desiste de assistir ao filme, e não é bem assim... e por favor, nunca deixem de ir ao cinema por causa de uma crítica.
...ao se deparar com uma imagem de si próprio quando pequeno em um site de desaparecidos, o jovem nathan percebe que a sua vida é uma mentira... como a saga teen crepúsculo não é parâmetro para nada, nada mais justo do que darmos uma chance para os pimpolhos da série provarem o seu valor... kristen stewart atestou que é depressiva em qualquer papel, não é só a bella que tem aquela aparência de morta... já o robert pattinson em suas oportunidades também não conseguiu mudar aquela expressão de 'vou vomitar'... restava apenas taylor lautner, protagonizar um filme para vermos do que o menino é capaz... então, em 'sem saída', ele aparece sem camisa, de novo, acho que duas vezes até... é ele repete o seu lobisomem cena por cena... até as técnicas para pegar a candidata a par romântico são as mesmas, tipo a chegada 'vamos dormir de conchinha para não morrermos de frio'... porém, mais trash do que tudo isso junto é o momento 'acabei de presenciar o assassinato dos meus pais, vamos transar?', tendo como resposta da menina 'estou com fome, vamos comer antes?'... kkkkkkkkk, eu não aguento... o resultado só é suficiente para arrancar suspiros do 'team jacob' e fazer fortuna nas bilheterias... ruim demais.
...no ano de 1873 um homem sem memória acorda em uma cidade inóspita que inesperadamente sofre um ataque aéreo alienígena... sabe quais foram os argumentos que utilizei para convencer uma amiga a encarar a sessão do longa 'cowboys vs aliens' comigo?... foram pelo menos quatro, na verdade cinco: 'é dirigido pelo jon favreau dos dois ótimos filmes do homem de ferro', 'tem o daniel craig', 'tem o harrison ford', 'é produzido pelo steven spielberg' e o quinto e mais forte de todos 'a gente não tem nada para fazer mesmo'... no que ela respondeu 'vai ser uma merda mesmo assim, amanhã você vai pagar o meu almoço!'... eu realmente acreditava nos meus argumentos (ah vai, não eram dos piores), mas bem que eu poderia ter embarcado na convicção inabalável (!) da minha querida amiga... eu jurava que todos os elementos para a construção de um bom filme (pelo menos um divertido) estavam reunidos: um bom diretor, um produtor que dispensa comentários, o james bond, o indiana jones e uma sinopse bizarra... mas aí deu tudo errado... sério, faltou coragem para se jogar (?) no nonsense e até mesmo ousadia estética... perderam a oportunidade de realizar o filme mais cool de 2011... o péssimo resultado é lamentável em todos os sentidos... foi mal amiga.
...uma jovem recrutadora de new york e um cliente da califórnia, que acabou de aceitar um novo emprego na big apple, acabam se tornando amigos com benefícios... como é a onomatopéia para bocejo (se é que existe uma)?... porque essa era a minha vontade nessa postagem, publicar um grande bocejo e só... sério, eu não aguento esses filmes que tentam se vender como diferentes, mas no fundo são mais do mesmo... não aguento... é um falso ar de espertinho, de 'sou diferente', que dá um sono mortal... enfim lá estava eu em terras estrangeiras pagando a entrada em um câmbio super desfavorável para ver uma comédia romântica ao estilo de 'sexo sem compromisso', só que estrelada pelo justin timberlake... é eu sei, foi uma escolha (infeliz) minha e não posso nem reclamar... mas eu vou (rá!)... posso?... então deixa eu pelo menos resumir o filme: uma jovem muito espoleta da cidade grande conhece um rapaz muito sossegado do interior (que nos eua é a 'pequenina' cidade de são francisco), aí eles resolvem fazer vuco-vuco (?) sem compromisso, afinal eles não acreditam mais no amor, só que os dois (preparados para a surpresa?) se apaixonam... no meio disso tudo o justin canta e dança... uuuuuuaaa (onomatopéia para bocejo).
...ao tentar criar uma revolucionária forma de energia, um cientista que acredita ser infeliz porque no passado foi humilhado pelo amor da sua vida, volta acidentalmente no tempo... todo ator sonha com um grande papel, algo que realmente escreva seu nome na história... só que por vezes o papel pode ser tão marcante que o ator acaba ficando associado para sempre ao personagem... e aí não consegue fazer mais nada que preste... o mais trágico disso tudo, é que o personagem geralmente se transforma em lenda e o ator cai no esquecimento... mark hamill nunca conseguiu sair da sombra do seu skywalker e malcolm mcdowell jamais superou o seu alex... acredito que ciente disso, o nosso wagner moura, tenta a todo custo diversificar as suas escolhas em busca da alforria do já lendário capitão nascimento... no simpático 'o homem do futuro', ele interpreta diferentes versões do mesmo personagem, canta e dança só para nos provar o quanto é versátil (e é mesmo)... por sinal, ele é o diferencial do novo filme de cláudio torres (de 'a mulher invisível')... quando o longa começa a patinar, o ator entra em cena com o seu novo bordão 'calma, eu preciso que você fique absolutamente calmo'... é tanto talento (!) que funciona inclusive para o público.
...o careta cal weaver levava uma vida perfeita até descobrir que sua esposa emily o está traíndo e quer o divórcio... sinceramente não me recordo se já levantei essa discussão aqui no blog ou não, mas como é um debate que muito (!) me intriga, vamos lá: afinal o que torna um filme bom ou ruim?... de cara eu posso responder que os anos como cinéfilo profissional me trouxeram a certeza de que o gênero não é o 'culpado'... sim, existem filmes bons e ruins de todos os tipos... então é o elenco? talvez, em parte sim... então é a direção? é pode ser, mas não é só ela a responsável pelo aplauso ou vaia... então é o que? acredito que o princípio de tudo seja o roteiro... é a partir dele que atores se destacarão e a direção criará algo relevante ou não... ou seja, quanto maior o equilíbrio entre os outros elementos que compõem um filme partindo de um roteiro bem escrito, melhor será o resultado... o ótimo 'amor a toda prova' que o diga... é o roteiro de dan fogelman (de 'enrolados') que tira a produção do lugar comum, que abre espaço para steve carell, ryan gosling, julianne moore e emma stone nos conquistarem, e que permitiu glenn ficarra e john requa (a dupla de 'o golpista do ano') realizar um surpreendente longa... é divertido, triste e de intensa reflexão.
...cesar, um símio com uma inteligência acima da média, se revolta e passa a liderar a corrida de sua espécie rumo à liberdade e ao inevitável confronto com o homem... vamos combinar (?) que a série planeta dos macacos, nunca foi assim algo sublime não é? não? então calma, antes que a 'associação de fãs do planeta dos macacos' encha a minha caixa de e-mail com agressões de todos os tipos e anônimos surjam para falar que eu 'não me permito sonhar' (sim, isso é uma rotina), lembro, mais uma vez, que essa aqui é a minha opinião... então esqueçam, nem vamos combinar mais nada não... enfim, eu (eu!) nunca vibrei muito com os filmes dessa série, nem mesmo com o original de 1968 e suas quatro continuações e muito menos com aquilo que o tim burton fez (nunca entendi o que ele tentou fazer)... mas não é que eu gostei de 'planeta dos macacos a origem'!... sério mesmo... principalmente pelo fato de a tecnologia atual substituir aquele pessoal fantasiado de macaco (sério, aquilo me incomodava horrores)... aí com o principal elemento da produção mais convincente e menos risível (os macacos), o diretor rupert wyatt, realizou com competência mas sem grandes dificuldades, um blockbuster acima da média... ah vai, pelo menos da média da própria série (!).
...desiludida, uma apresentadora de tv resolve percorrer o caminho de santiago de compostela em busca de autoconhecimento, acompanhada de seu ex-diretor e uma nova amiga... entre os ideais filosóficos de 'comer rezar amar', a estética dos filmes de almodóvar, uma ou outra passagem de um livro qualquer desses de auto-ajuda, pitadas de comédia pastelão e um certo misticismo, é que se encontra o filme do casal carlos alberto riccelli e bruna lombardi... ele dirige, ela atua e assina o roteiro e de quebra ambos produzem... e como família unida permanece unida (hã?) o filho do casal, kim riccelli, ainda faz uma pontinha e ataca de assistente na direção... o resultado dessa familiaridade toda é leve, divertido e honesto... as participações de duas ótimas atrizes espanholas ainda conferem um plus de qualidade na produção... para vocês terem uma idéia de como o longa desce redondo, até bruna lombardi está bem, digo como atriz, porque sua forma aos cinquenta e nove anos é inquestionável né?... enfim, nem alguns exageros aqui e ali, nem os fogos de artifício fakes do final, nem uma atriz mirim irritante e nem a idéia disseminada recentemente no cinema nacional de colocar a letra na tela enquanto toca uma música, atrapalharam o bom resultado.
...a história aproxima o foco na convivência entre pai e filho de uma familia comum e expande a ótica desta rica relação ao longo dos séculos... terrence malick ficaria marcado na história do cinema como um criador recluso, que quase nunca concede entrevistas e nem divulga seus próprios trabalhos, se não fosse pelo seu talento incomum... é claro que a opção por preservar a sua vida particular e não se tornar mais uma celebridade, ajuda a aumentar o culto criado em torno do cineasta de sessenta e sete anos, mas são os seus filmes os maiores responsáveis por colocá-lo no primeiro time da cinematografia mundial... e foram poucos até hoje, já que 'a árvore da vida', é apenas o seu quinto longa metragem em quase quarenta anos de carreira... neste trabalho vencedor da palma de ouro, malick realizou por meio de uma relação conflituosa, uma reflexão filosófica e teológica sobre a existência... uma fabulosa viagem pela origem da vida e seus mistérios, desde o big bang (em um momento sublime), até chegar ao que somos hoje... com elenco, trilha sonora, fotografia, edição e direção em níveis raríssimos de excelência, somos apresentados a seqüências antológicas, que certamente, uma após a outra, constituem um clássico (!) sem precedentes.
...um grupo de jovens que estão rodando um filme com uma câmera super 8, acaba registrando um acidente cercado de mistérios entre um trem e uma caminhonete... questão: o saudosismo é um sinal de decadência? pode ser até que sim, mas nesse caso não é... provavelmente por resgatar memórias de um estilo de cinema que marcou gerações na 'sessão da tarde', pelo elenco super convincente e pelas ótimas seqüências de ação, suspense e até humor orquestradas por um mais uma vez inspirado, j.j abrams... e não é nem uma questão de preferir esse estilo ou aquele da postagem anterior... a resposta contrária para a mesma questão deve-se principalmente ao talento dos envolvidos nas duas produções... diferente do longa nacional, aqui todos sabiam exatamente o que fazer e como fazer... do selo da produtora amblim e o seu emblemático logotipo do elliott voando com a sua bicicleta em 'et o extraterrestre', a todas as outras incontáveis referências aos filmes, por exemplo, do cineasta steven spielberg, responsável pelos maiores clássicos da época e que aqui assina como produtor... é o caso de ligar para os seus amigos e pegar a próxima sessão... por uma questão de competência, a homenagem neste caso, simplesmente funcionou.
...um ator que se apresenta pelo interior do país com um show de piadas sobre o seu próprio pai, um trambiqueiro, recebe uma proposta tentadora para se passar por um famoso guru internacional, só que nem tudo sai como planejado... questão: o saudosismo é um sinal de decadência? pode ser até que não, mas nesse caso é sim... não sei se é por resgatar memórias de um cinema nacional que nunca me agradou, não sei se é pelo elenco em desempenho questionável (eximindo apenas tarcísio meira), não sei se é pelas inacreditáveis e constrangedoras seqüências pseudo-musicais (com direito a letra e tudo na tela, bem ao estilo 'everybody singing!'), eu só sei que 'não se preocupe, nada vai dar certo' parece querer ressuscitar algo que já estava e deveria (sim!) continuar enterrado... e o diretor hugo carvana recorre a todas as fórmulas, além dos já citados momentos musicais (estou tentando superar isso ainda), o roteiro, por exemplo, possui os elementos comuns aos filmes da tal época: golpes, atividades ilegais e personagens trambiqueiros... mas a verdade é que nem engraçado o longa conseguiu ser (o que são aquelas risadas falsas das platéias presente nos shows do personagem principal?)... enfim, não funcionou nem como homenagem.
...como nem sempre pedir demissão é uma opção, três amigos bolam um plano para se livrarem de vez de seus chefes com a ajuda de alguns drinques e dos conselhos duvidosos de um ex-detento... não importa o gênero, do drama a comédia, acertar o 'tom' é fundamental... acontece que isso não é tão simples assim... aí comédias descambam para a apelação, dramas para o 'supercine' (?), ficção científica para o 'dã!', terror para o trash e assim por diante... em sua maioria, produções que, de alguma forma, alcançaram o sucesso, acertaram na medida do que se propuseram a apresentar... pode ser a história mais ridícula ou absurda, no tom exato, qualquer filme tem o poder de fazer a platéia acreditar e aceitar tudo... enfim, isso tudo apenas para dizer que 'quero matar meu chefe', é um ótimo exemplo de longa que errou e muito no tal tom... do elenco bronzeado artificialmente (alguém realmente acha que fica natural?), ao roteiro (que queria ser 'se beber não case' quando crescer) e a direção (a grande culpada), quase tudo nesse filme tem um ar de 'estou fora do lugar'... jennifer aniston, patética como nunca, kevin spacey, que se tornou uma caricatura de si mesmo e colin farrell, melhor esquecer, ainda conseguiram (incrível!) se 'destacar'... lamentável.
...o frágil steve rogers se oferece para participar de um programa experimental do exército norte-americano que o transforma no super soldado conhecido como o capitão américa... vou ser bem direto... sabem por que eu gostei do filme 'capitão américa o primeiro vingador'?... porque eu compartilho com quase toda a poupulação mundial de um sentimento anti-americano... não, eu não quero explodir nenhuma bomba na times square e nem apoio esse tipo de atitude, apenas não concordo (guerreiro filosófico) com as ações, principalmente, militares dos norte-americanos... mas durante todo o filme eu nem me lembrei de torcer contra os eua... pelo menos para mim, isso é um fato histórico... e esse acabou sendo o tal motivo para eu ter gostado da produção dirigida por joe johnston (do ótimo 'jumanji' e do terrível 'o lobisomen'), focar no desenvolvimento do super-herói, claro, mas sem cair para um habitual discurso americanóide padrão estúpido... o roteiro é ok (o link para o filme 'os vingadores' é feito sem forçar a barra), o elenco funciona (principalmente tommy lee jones, uma válvula de humor da produção) e os efeitos visuais são super competentes (a transformação frango/bombadão de chris evans é impressionante)... é eu gostei.
...mesmo quando tem vontade de progredir, acaba sempre faltando um certo incentivo para jack, isso até conhecer a tímida connie... com quase um ano de atraso, finalmente o público brasileiro poderá agora conferir, mesmo que em pouquíssimas salas, a estréia do sempre ótimo philip seymour hoffman como diretor... não sei vocês, mas eu o considero o ator mais talentoso do cinema norte-americano na atualidade e, por que não, um dos melhores do cinema mundial... junto com javier bardem e daniel day-lewis (outros dois que me fazem levantar e ir ao cinema, custe o que custar), philip seymour hoffman torna qualquer filme (mesmo aqueles em que eventualmente a sua presença seja a única coisa que presta na produção) imperdível... e para a nossa felicidade o vencedor do oscar por 'capote', demonstra talento também como diretor... baseado em uma peça off-broadway (hoofman, john ortiz e daphne rubin-vega inclusive reprisam os seus personagens), 'vejo você no próximo verão', é repleto de bons e belos momentos (como a seqüência da primeira aula de natação)... contando a história simples de um homem que decide aprender a nadar e a cozinhar para superar seus 'traumas', hoffman faz, agora também como diretor, a ida ao cinema valer (e muito!) a pena.
...a batalha entre o bem e o mal no mundo da magia se torna uma guerra entre centenas de bruxos, e harry potter, precisa se apresentar para realizar o seu último sacrifício enquanto o confronto com lorde voldemort se aproxima... olha eu nunca fui muito fã dessa série (nem dos livros e nem dos filmes)... assim, não chega a ser uma rejeição do 'nivel crepúsculo', eu só não gosto... quanto aos livros é puramente uma questão de gosto mesmo, já que reconheço todas as suas inúmeras qualidades literárias, mas quanto aos longas, eu sempre fiquei com a sensação de que poderiam sim ter feito mais e melhor... em um filme com sucesso de público e bilheteria quase que garantidos, poderiam ter investido mais na técnica, por exemplo... mas não é que eu ache que os filmes foram mal feitos, não é isso, só percebo por vezes uma certa preguiça no acabamento de algumas seqüências, principalmente, volto a repetir, em aspectos técnicos... essa última parte, por exemplo, é sem dúvidas umas das melhores, mas ainda assim alterna cenas majestosas com outras realizadas visivelmente pelos estagiários da produção (a maquiagem deles mais velhos na última cena é patética)... enfim, o balanço é de bilhões de dólares em bilheterias.
...em 2005, sem dar um único tiro e sem disparar um alarme, bandidos entraram e saíram por um túnel sob o cofre do banco central de fortaleza carregando 3 toneladas de dinheiro ou exatos 164,7 milhões de reais... já pensou essa sinopse nas mãos de um diretor de verdade?... o marcos paulo que me desculpe, mas eu não consigo parar de pensar em uma coisa: qual seria o resultado do filme se o diretor tivesse sido, por exemplo, o fernando meirelles ou até o josé padilha?... mas enfim, o fato é que com a estréia do global nos cinemas, perdeu-se a oportunidade de um grande filme nacional... tudo o que sobrava no trailer da produção falta no filme em si... o roteiro é do tipo 'deixa rolar que o público não gosta de pensar muito', a direção é 'me falaram lá na emissora do plim-plim que eu era diretor e acreditei' e o elenco é 'o lima duarte irá nos salvar'... por sinal, o veterano ator é a luz de talento nessa tragédia... eu ainda li em uma dessas revistas semanais que o longa tem onze assaltantes para fazer o estilo do filme 'onze homens e um segredo'... então o milhem cortaz é o george clooney, o eriberto leão é o brad pitt, a hermila guedes é a julia roberts e por tabela marcos paulo é o steven soderbergh?... deus não sei se rio ou se choro.
...exposto pela ex-namorada por meio de um vídeo na internet, bruno tenta refazer sua reputação, mas tudo o que consegue é se meter em uma série de ciladas... o grande problema de filmes que anteriormente eram séries de televisão é que provavelmente já assistimos inúmeros episódios melhores... foi assim com outro longa do próprio josé alvarenga jr., 'os normais', e é assim quase sempre... fora a sensação de estarmos assistindo a um episódio interminável (!)... o que tinha vinte minutos na televisão com intervalos, aqui passou a ter noventa e cinco minutos ininterruptos... são quase cinco episódios... enfim, além de tudo isso o filme é ruim... pois é minha gente, me desculpem, mas essa é a verdade... as piadas estão vencidas (a seqüência logo no início com o jogo de sombras de duplo sentido é lamentável em todos os aspectos) e o elenco formado pelos amigos do bruno mazzeo (fernanda paes leme, carol castro e companhia) é, enfim, deixa para lá, amigo é amigo né?... mas nada (?) supera o final com uma deixa completamente ridícula para uma eventual (não!) continuação... o pseudo climão love story não funciona (alerta spoiler: eu torci para ele morrer, mas ela perdoou)... o resultado é uma cilada completa... digno até desse trocadilho tosco.
...um talentoso jovem deixa para trás suas pinturas e seu quarto para deslumbrar as platéias de clubes noturnos nos turbulentos anos sessenta... uma fonte inesgotável para o cinema é contar a vida, a obra ou um simples recorte da vida de alguém, a cinebiografia... conhecidos e desconhecidos, heróis e vilões, toda a vida em si é sim um filme em potencial... mas acontece que a cinebiografia do padeiro da esquina não iria vender tantos ingressos como a vida de ray charles, che guevara ou richard nixon, por exemplo... mas então a vida de qualquer famoso daria um filme? não (!)... produtores preferem aquelas que realmente marcaram uma época e foram cercadas de polêmicas e conquistas... e tudo isso e mais um pouco sobrou na movimentada 'passagem' de serge gainsbourg pela terra... seus romances com brigitte bardot e jane birkin, sua obra musical inesquecível (je t'aime... moi non plus) e todas as suas loucuras resultaram em um filmaço... dirigido com ousadia pelo estreante joann sfar e estrelado com brilhantismo pelo ator eric elmosnino, 'gainsbourg o homem que amava as mulheres', é um daqueles filmes que recusa, graças a deus, o convencionalismo... apaixonante do primeiro ao último segundo.
...quando, por causa de um problema de saúde, um industrial tirano é obrigado a se afastar, sua até então submissa esposa, assume a liderança da fábrica... por vezes a sétima arte pode tomar a mais bela forma da homenagem... sim (!), por mais forte que seja o discurso do filme, o mais importante pode ser mesmo homenagear um profissional... e o excelente 'potiche esposa troféu', baseado na peça teatral de barillet e gredy, é uma homenagem a uma verdadeira instituição do cinema francês (e mundial): catherine deneuve... é claro que o filme do françois ozon (de 'swimming pool à beira da piscina'), surpreendentemente bem construído, tem muito a dizer em todos os seus inúmeros debates sobre submissão feminina, trabalho, política e, principalmente, hipocrisia social... mas o objetivo mesmo é homenagear, com muita justiça, deneuve, que em retribuição brilha intensamente neste quase conto de fadas sobre a chegada da mulher ao poder... ah e claro, não poderia ficar de fora dessa reverência, o seu grande parceiro nas telas de cinema, o impagável gérard depardieu... e o resultado não poderia ser outro, fraçois ozon fez do 'muito obrigado' a deneuve, em um dos melhores trabalhos de sua carreira.
...um homem passa a cuidar de uma menina, que ganha a vida se prostituindo e fazendo shows de striptease, como se fosse uma filha, o que acaba influenciando no seu relacionamento com a esposa... existem inúmeros atores e atrizes que eu gostaria de ter em um filme se um dia fosse diretor de cinema (momento 'e se um dia eu fosse')... entre eles certamente estão james gandolfini (o lendário tony soprano da série 'the sopranos') e melissa leo (vencedora do oscar de atriz coadjuvante este ano por 'o vencedor')... porque como espectador é muito difícil piscar ou desviar o olhar para outro elemento na tela quando qualquer um dos dois está em cena... e é como eu costumo dizer, um bom ator salva uma fotografia ruim, uma edição confusa ou qualquer outro tipo de deficiência técnica... não que no filme em questão algum problema desse tipo salte aos olhos, mas o longa dirigido por jake scott (filho do mestre ridley scott) seria apenas mais um no circuito se não fosse pela presença dos dois em cena... são as interpretações emocionantes de gandolfini e leo que fazem com que o filme alcance um resultado repleto de naturalidade, humanidade e reflexão... kristen stewart (ou 'aquela do crepúsculo')? ah sim, ela é esforçada.
...quando lorde chen ameaça conquistar a china e provocar o fim do kung fu com uma poderosa arma secreta, po e os cinco furiosos precisam cruzar o país para derrotá-lo... admito, eu sempre acabo pegando um pouco (muito) no pé das animações da dreamworks... não que as suas produções sejam desastrosas ou mal feitas, longe disso, mas no maldito e inevitável quesito 'comparação', fica sempre abaixo da sua maior concorrente, a pixar... para piorar, ambos os estúdios acabam lançando quase simultaneamente os seus longas de animação nos cinemas... tipo, quando a dreamworks lançou o primeiro 'kung fu panda', a pixar lançava 'wall-e', e aí fica difícil competir né?... fora quando o tema acaba batendo como aconteceu com 'o espanta tubarões' e 'procurando nemo'... mas justiça seja feita, dessa vez a dreamworks com o seu surpreendente 'kung fu panda 2', levou a melhor sobre o 'carros 2', da pixar... com uma interessante variação de estilos de animação, roteiro amarradinho e equilíbrio entre ação e emoção, a segunda aventura do panda po supera e muito a anterior de 2008... realmente me surpreendi com o resultado... ah e sim, vale muito mais à pena do que a derrapada dos carros da pixar... desta vez a dreamworks deu de goleada.
...enquanto acompanha o seu melhor amigo relâmpago mcqueen durante uma competição, o atrapalhado mate acaba sendo confundido com um espião internacional... muito mais do que pela sua excelência técnica, as produções da pixar sempre se diferenciaram das demais pela genialidade... apenas 'bem feito' hoje em dia quase todas elas são, mas 'genial' é marca registrada do estúdio de woody, buzz, sully, nemo e wall-e... perto da hoje disney-pixar, os outros sempre foram os outros... e a expectativa que a cada lançamento aumenta mais e mais, é sempre correspondida com um trabalho melhor do que o outro... ou pelo menos era... 'carros 2' do até então imbatível estúdio é fraco... é bem feito? claro... tem humor? de sobra... é genial? não mesmo... o tal fator de diferencial da pixar aqui não se fez presente em nenhum momento... o resultado desta obra dirigida por john lasseter (de 'toy story' e 'vida de inseto') é decepcionante... até o tradicional curta que costuma anteceder os longas da pixar, é estranhamente abaixo da média... sem falar que em uma época onde o meio ambiente é tratado como personagem principal, a infeliz apologia a gasolina feita descaradamente pela animação, soa oportunista e extremamente (!) sem sentido... um tiro no pé.
...disposta a reconquistar o seu ex-namorado, uma jovem acaba se oferecendo como cobaia para um professor que defende uma tese que relaciona as conquistas amorosas dos humanos e as atitudes dos animais... sabe aquele papo chatão de 'o livro é melhor do que o filme'?... então, chegou a vez de eu fazer coro para 'a peça é melhor do que o filme'... porque o que foi um sucesso absoluto no teatro, não funcionou mesmo nos cinemas... na telona o texto de juca de oliveira capenga em ritmo, humor e resultado... a técnica também não é digamos, das mais profissionais... ficou parecendo um daqueles especiais de fim de ano da emissora do plim-plim... e o elenco? bem, dudu azevedo (ele realmente quer ser chamado de dudu?) e malvino salvador mais enfeitam as cenas do que realmente atuam, e cléo pires até que era uma atriz promissora (vide o seu início no longa 'benjamim'), mas aí posou para aquela tal revista masculina e ficou com um carão que é melhor deixar para lá... e por favor, se alguém achar que a sobrancelha dela ficou natural no poster levanta a mão... não recomendo nem para quem está com dinheiro sobrando ou não tem o que fazer ou em nome do cinema nacional ou sei lá... eu realmente fiquei torcendo para acabar... próximo!
...um jovem casal de férias em paris vive um intenso conflito por discordarem da idéia de que adotar um outro estilo de vida em uma nova cidade tornaria a vida do casal melhor... viajar é uma das melhores coisas da vida né?... novas inspirações, experiências e possibilidades... viajar é sair da rotina e ainda possui um gigantesco poder de transformação... e woody allen, aquele senhor de setenta e cinco anos, diretor de quarenta e sete filmes e vencedor de três oscars, é a prova viva disso tudo que eu acabei de escrever... porque quando buscou novos ares fora da cidade de nova york (historicamente o seu principal personagem), realizou alguns de seus melhores trabalhos (pelo menos os melhores dos últimos tempos de sua longa atividade)... em londres, 'ponto final match point', em barcelona, 'vicky cristina barcelona' e agora na cidade luz, o imperdível 'meia noite em paris'... ok, a inglaterra nem fez tão bem assim vide 'o sonho de cassandra' e 'você vai conhecer o homem dos seus sonhos', mas espanha e frança fizeram um bem danado para allen... no filme em questão, o cineasta esbanja criatividade, conhecimento e domínio narrativo... o espetáculo que certamente irá figurar na lista de melhores do ano, merece ser visto e revisto.
...na esperança de salvar o casamento, cindy e dean reservam um quarto de motel relembrando alguns anos atrás quando se conheceram, se apaixonaram e fizeram os seus primeiros planos... certa vez uma prima de 3 anos (!) virou para mim e exclamou: 'a verdade é uma pedra!'... apesar de a tal filosofia vir de uma menininha que pouco viu da vida, ela está coberta de razão... a verdade ou a simples aceitação de um fato é dura, complexa, difícil, pesada, uma pedra... por isso, vou logo avisando, o filme 'namorados para sempre' é uma pedrada (!) na cabeça... do início ao fim, o longa de derek cianfrance, é de um pessimismo (ou seria de uma realidade?) cruel (na mesma linha de 'foi apenas um sonho' de sam mendes)... é duro assistir a desintegração de um relacionamento que surgiu outrora de um amor incondicional e (pior), acabar se identificando com pelo menos uma das desestabilizadoras seqüências... afinal foram as pessoas que mudaram ou foi o tempo que passou? para onde foi o amor?... a pedrada machuca e funciona devido principalmente, aos impecáveis desempenhos dos talentosos atores em cena (que assinam também como produtores executivos do longa), ryan gosling e michelle williams (indicada ao oscar de melhor atriz em 2011 pelo papel).
...antes de charles xavier e erik lensherr se chamarem professor x e magneto, eles eram dois jovens descobrindo os seus poderes e ajudando outros inúmeros mutantes... a saída padrão para filmes que viram trilogias, quadrilogias ou séries intermináveis, é sempre contar a origem daquilo tudo... ou porque se esgotaram de alguma forma, ou porque simplesmente saíram do eixo na visão dos realizadores, ou ainda porque os atores que antes estavam no auge, agora nem vendem mais tantos ingressos assim (capitalismo!)... assim, hollywood costuma dar sobrevida (ou nova chance) para ela própria (por que não?), e para a série e seus personagens contando o início, o famoso 'como tudo começou'... o resultado pode nos levar a duas reações: 'por que não seguiram em frente?' ou 'ainda bem que voltaram no tempo'... e 'x-men primeira classe', sem dúvidas se encaixa na segunda reação, 'ainda bem!'... matthew vaughn (de 'kick ass quebrando tudo') realizou uma das melhores adaptações da marvel para os cinemas... sério, a produção é palco para uma história convincente, boas cenas de ação, ritmo perfeito e atuações de gala de kevin bancon, james mcavoy e, principalmente, michael fassbender, sublime no papel de magneto... um filmaço!
...phil, alan e doug viajam até a tailândia para o casamento de stu, que após os acontecimentos em las vegas, não quer uma festa de despedida de solteiro... 'se beber não case' é o exemplo perfeito de filme que hollywood busca em (quase) todos os filmes que produz... produção relativamente barata, com atores relativamente desconhecidos, com espaço publicitário razoável, sem grandes ideologias e retorno financeiro para gerar um franquia... apesar das salas de cinema de todo o mundo estarem sempre entupidas com produções do tipo, pouquíssimas alcançam o sucesso do longa de todd phillips... para vocês terem uma idéia as duas partes já somam quase um bilhão (!) de dólares totais em bilheterias... enfim, nesta continuação com gargalhadas garantidas, o figuraça zach galifianakis continua sendo o melhor elemento de um filme que para superar a ausência de novidade, baixou e muito o nível das piadas e tornou-se ainda mais explícito... surpreende o fato do longa ainda não ter sofrido nenhum processo (não que eu saiba) pelas seqüências envolvendo animais e até crianças... o que não surpreende é a terceira parte estar a caminho... obs: o terrível (!) título do filme em português não faz mais sentido, ou seja, o que era ruim ficou ainda pior.
...uma situação inesperada transforma a vida de uma jovem médica que se mudou há poucos anos do interior do rio de janeiro para a cidade de são paulo... é no cinema (e somente no cinema) que descobrimos que leandra leal e cauã reymond são atores de verdade... porque a atriz de 'o homem que copiava' e 'nome próprio' e o ator de 'à deriva' e 'se nada mais der certo' (que também conta com leandra leal), não são os mesmos das mini-séries e novelas globais... a teoria ganha ainda mais força com 'estamos juntos'... ambos atingiram um ponto de naturalidade invejável nos seus papéis nesse belo trabalho do diretor toni venturi (de 'cabra-cega' e 'rita cadillac, a lady do povo')... ou seja, é preciso levantar e ir ao cinema mais próximo para ver muito além da leandra e do cauã da novela das 20h (aquela que começa às 21h10)... aliado a essas boas atuações, o filme situado na metrópole de são paulo, tem muito mais acertos do que erros... se por um lado a múltipla abordagem de temas desfoca um tanto o público (saúde pública, causas sociais, são paulo, ricos, pobres, amor e muito mais), a fotografia de lula carvalho, a música de luisa maita, um argentino impagável (!) em cena e reflexões do tipo 'o medo deixa as pessoas mais egoístas?', compensam... e muito.
...uma mulher que descobre que o amante toma viagra, um casal que resolve ter outros parceiros, um farmacêutico que seduz a melhor amiga, um homem que descobre sentir atrações por outros homens mesmo amando a sua mulher e um casal que se conheceu na internet e só se encontra no escuro... o fato do veterano domingos de oliveira achar que é o woody allen (ou seria o pedro almodóvar?) carioca, eu até consigo (com muita força de vontade e patriotismo) relevar, mas amodorismo técnico não... sabe por que? porque estamos no século 21 em pleno ano de 2011 e qualquer (!) camerazinha caseira filma em hd com áudio em dolby ou algo do tipo... é impossível assistir a primeira história do longa, por exemplo, e não ficar perturbado com a total falta de qualidade de imagem e som... a desculpa deve ser ' olha o meu cinema é tão autoral, independente e brasileiro que a qualidade técnica fica em último plano'... argh (!) não venha me falar 'em exercício de estilo', porque é forçar demais (!) a barra... a ótima idéia de 'emprestar ao cinema alguns dos poderes do teatro, que é mais velho' e o sempre ótimo pedro cardoso acabaram ficando prejudicados pelo descaso (essa é a palavra certa!) com a realização de grande parte da produção.
...na comemoração dos seus trinta anos de idade, rachel acaba bebendo demais e vai para a cama com dex, amigo de faculdade e também noivo de sua melhor amiga... admito, já tem um tempo que eu assisti a essa porcaria... demorei a fazer essa postagem porque eu simplesmente não sabia o que falar (criticar!)... afinal, começar por onde?... pela história inacreditavelmente terrível? (eu juro, poucas vezes senti tanta raiva de estar no cinema diante de tanta idiotice)... pelos personagens, que me perdoem, são uns fdp? (sabe aquele amigo que você não gosta? então, ele nem é tão ruim assim)... pelos atores? (kate hudson optou por ter uma carreira medíocre, basta observar no que anda se metendo e por onde começou, quando foi indicada ao oscar por 'quase famosos')... ou pela autopunição? (tenho que parar de me meter nesse tipo de produção cujo roteiro, técnica, direção e sentido não possuem a menor importância)... resultado, dias de reflexão até que eu conseguisse pensar nessa coisa de novo... um dado super relevante: estava com duas mulheres (pegador), uma loura e uma morena, uma de sp outra do rj, mas ambas com mais raiva do que eu, ou seja, não foi só comigo... só não é o pior filme do ano (do século!), porque não quero tratar isso como filme.
...o agente federal hobbs é enviado para o rio de janeiro com a missão de prender dominic, brian e mia... que todos os valores morais estão de cabeça para baixo na sociedade contemporânea, disso (acredito) ninguém tem dúvida... e se tem, qualquer que seja, é só dar uma conferida no cinema mais próximo em 'velozes e furiosos 5 operação rio'... não estou querendo bancar a tia velha moralista não, mas os tais mocinhos do filme são bandidões de primeira linha... matam, roubam, aplicam golpes, fazem pega e destroem o que estiver pela frente... para concluir essa verdadeira lição de moral, os policiais (cariocas) é que são os bandidos... nem vou entrar na questão de como a nossa cidade é retratada pela produção, porque não vale à pena... ou melhor, vou entrar sim... no rio de janeiro, terra da corrupção e do crime, segundo o filme, todo mundo pode tudo... o retrato é estereotipado e preconceituoso... e ainda mal feito (!), porque a seqüência final definitivamente não se passa no rio (a produção não teve nem o trabalho de mudar as placas e sinalizações urbanas para o nosso idioma)... falando em idiomas, o filme é um festival de 'cariocas' falando um português desconhecido por aqui, fora as dublagens bizarras... yankees go home!
...um candidato a senador percebe que forças misteriosas pretendem modificar o destino de seu relacionamento com uma dançarina... philip k. dick é o cara na literatura de ficção científica... quem já leu alguma das inúmeras obras de um dos precursores do cyber punk como 'do androids dream of electric sheep?', que originou um dos melhores (!) filmes de todos os tempos, 'blade runner o caçador de andróides', sabe do potencial cinematográfico que seus livros possuem... por isso mesmo é surpreendente quando um longa 'based on a story by philip k. dick' é simplesmente chato, caso de 'os agentes do destino'... não que seja a primeira vez que isso esteja acontecendo, vide 'o pagamento' e 'o vidente', mas mesmo assim eu ainda fico surpreso com o fato... nem matt damon (que briga para não parecer sempre o jason bourne), nem emily blunt (fofa), conseguiram evitar os meus incontáveis bocejos (por sinal, acredito que poucas vezes eu bocejei tanto no cinema)... o filme do diretor estreante george nolfi (roteirista de 'o ultimato bourne', olha o jason bourne aí) não é nota zero não, é tipo nota cinco e meio, e talvez por isso mesmo seja tão chato... tudo é meio sem graça e pouco criativo (ah é isso?)... nem sei o que falar mais... chato.
...jack sparrow, barbossa, blackbeard e outros estão, cada um com o seu interesse, em busca da fonte da juventude... johnny depp declarou que assinou contrato para reviver o capitão sparrow antes mesmo de existir um roteiro, ou se quer um argumento, para mais uma seqüência da franquia de 'piratas do caribe'... além de ter aumentando e muito o cofrinho do ator norte-americano de 47 anos, a personificação do afetado/alcoolizado pirata posicionou depp como um super astro... as pessoas simplesmente amam jack sparrow e johnny depp... vibram com qualquer tirada boba e dão risada mesmo quando não tem a menor graça... é por isso que o ator sempre topa qualquer parada que envolva o personagem, vide os fracos 'piratas do caribe o báu da morte' e 'piratas do caribe no fim do mundo' , e até mesmo o mediano longa em questão, 'piratas do caribe navegando em águas misteriosas'... agora sob o comando do diretor rob marshall (de 'chicago', 'memórias de uma gueixa' e 'nine'), e companhia de penélope cruz, johnny depp exibe suas esquicitices em uma aventura de ação bastante contida, mas que supera as duas anteriores... vale pelo sempre ótimo geoffrey rush, pela beleza de penélope cruz e principalmente, pela espetacular trilha de hans zimmer.
...um casal procura voltar a rotina do dia a dia, após uma perda devastadora... nicole kidman já conheceu o auge... 'de olhos bem fechados', 'moulin rouge' (a atuação de sua carreira), 'os outros', 'as horas' (que lhe rendeu o oscar e o globo de ouro de melhor atriz) e 'dogville', aliado ao seu casamento com tom cruise (que durou onze anos), fizeram de kidman, em uma galáxia nem tão distante assim, a grande estrela de hollywood... já ocupou inclusive o cargo de minha atriz favorita (e daí né?)... mas aí o tempo passou, o tal casamento acabou, as plásticas e aplicações de botox aumentaram, e escolhas duvidosas como 'mulheres perfeitas', 'a feiticeira', 'invasores', 'austrália' e 'esposa de mentirinha', deram uma desgastada na imagem da atriz... o jeito foi produzir o próprio 'retorno'... como produtora e protagonista de 'reencontrando a felicidade', nicole kidman reconquistou público e crítica e de quebra, a sua terceira indicação ao oscar... merecido... a sua composição é certamente o melhor elemento de um longa, que apesar de bons momentos, carece de um certo ritmo... o diretor john cameron mitchell, do diferente 'shortbus', dessa vez optou por um caminho pouco ousado... agora eu vou fazer um elogio inédito: o pôster do filme é um alívio de criatividade.
...ao ver o retrato que representa toda a sua beleza, dorian gray faz a promessa de que daria tudo, até mesmo a sua alma, para permanecer sempre com o visual nele estampado... então, não querendo entrar no mérito 'o livro é melhor do que o filme', mas já entrando, o romance de oscar wilde merecia uma produção, em todos os sentidos, à altura da obra... nem gosto muito desse tipo de comparação, porque são expressões artísticas diferentes, o que funciona em um, não funciona no outro, e assim por diante... sem falar que eu se tiver alguma tendência a defender alguém, o cinema será sempre beneficiado... quase, nesse caso estava diante da exceção da regra... eu adoro o livro de oscar wilde que inspirou um longa que não me agradou em nada... 'o retrato de dorian gray', precisava primeiramente de um protagonista realmente bonito, ou pelo menos um que me convencesse disso... feito isso, um diretor talentoso, uma direção de arte mais caprichada e um roteiro verdadeiramente ousado também não fariam nada mal... salva-se apenas a presença do sempre ótimo colin firth, interprete do personagem que incentiva dorian a se jogar nas micaretas da época... o resultado explica o atraso no lançamento de uma produção de 2009.
...enfurecido com a desobediência do seu filho e herdeiro, odin retira os poderes de thor e o expulsa para a terra... com a onda de filmes de super-heróis, por que não criamos uma escala de classificação própria para as produções do gênero?... pode parecer bobagem (e é mesmo), mas como o objetivo destes longas é se divertir, vamos entrar no espírito da coisa... ao invés de cotações em estrelinhas, pipocas, ovos, crucifixos e até camisinhas (acreditem, existe de tudo na internet), vamos julgar as produções em uma escala de filmes... tipo: batman (quando o resultado for sublime), homem de ferro (quando for hilário), hulk (quando não entendermos bem o que aconteceu) e mulher gato (quando não der certo)... nessa tal escala 'thor' ficou longe de não ter dado certo, mas ficou distante de ser sublime... digamos que ele conquistou uma posição entre o 'homem de ferro' e o 'hulk'... tem ótimas seqüências, visual um tanto brega mas ainda assim caprichado tecnicamente, elenco esforçado e deixa até que aceitável para uma seqüência... surpreende a escolha de kenneth branagh (um discípulo de shakespeare nos cinemas) para comandar o longa... esse encontro resultou em um filme com problemas, mas que ainda assim, vale conferir.
...nove sobreviventes de uma guerra em outro planeta refugiaram-se na terra sob a proteção de um encantamento que obriga os seus inimigos de os matarem por ordem numérica... para você meu caro, o que é amizade? para mim é acompanhar uma amiga que surtou (essa é a palavra exata) com o filme 'eu sou o número quatro', desde a primeira vez que viu o trailer da produção nos cinemas... mas não estava na cara que seria terrível? sim estava (da uma lida na sinopse de novo), mas como amiga é coisa para se guardar do lado esquerdo do peito (ou direito?), lá fui eu... apesar das outras opções de filmes e horários ela estava decidida (loucura mesmo)... cheguei a perguntar se ela tinha achado o ator bonito ou se lembrado de algo da infância (ué, sei lá), porque nem de filmes de heróis e com o mínimo grau de suspense essa pessoa gosta (vai entender)... enfim, a nossa amizade é maravilhosa, mas meu deus, o filme é ruim demais... do próprio título que da abertura para todo tipo de piada (já deve ter algum pornô parodiando), a trama que não faz a mínima força para tentar ser coerente... o diretor de 'paranóia' e o farofeiro do michael bay certamente realizaram uma produção a ser batida... como a pior do ano, é claro... mas amiga, eu te amo tá?
...sidney retorna a woodsboro para promover o seu livro, ao mesmo tempo, ghostface volta a aterrorizar a pacata cidade... a década de 90 era muito legal, a gente era feliz e sabia... o romário jogava na seleção, o nirvana e o guns n'roses tocavam nas rádios (para alguns os backstreet boys e as spice girls), a extinta tv manchete reprisava non-stop os cavaleiros do zodíaco e os filmes da série 'pânico' faziam a fila do cinema dar a volta no quarteirão... mesmo com aquelas figuras na presidência do país, a época era tão divertida que quase (eu disse quase) compensava... mas muita coisa que era engraçada ficou rídicula, e a década foi esquecida... como tendência é uma coisa que vai e volta, vez por outra presenciamos uns retornos... alguns dão tão errados que temos vergonha de falar a idade, outros dão tão certos que ficamos saudosistas, caso de 'pânico 4'... o filme que lançou moda na década retrasada (já?) é sim imperdível... do roteiro tosco na medida, as participações especiais e citações históricas, tão bom quanto o de 96... a produção ainda abre espaço para uma reflexão meio zuada sobre a sociedade contemporânea e a sua estranha relação com as novas tecnologias de comunicação e a fama... acreditem, bom demais (!).
...alertada de que sua arara azul de estimação é o último macho da espécie, uma jovem decide viajar até o rio de janeiro onde encontra-se a última arara azul fêmea, e assim tentar salvar a espécie da extinção... coincidência ou não, antes do início do filme, um comercial sobre a 'nova' cidade do rio de janeiro entra em ação na tela... lindas imagens e um povo sorridente para ficar bem claro que novas políticas de segurança e outras iniciativas mais transformaram a cidade que é 'a marca registrada do brasil'... bem, todos já sabem que o rio de janeiro será a sede da final da copa do mundo de 2014 e dos jogos olimpícos de 2016... então mais do que nunca é preciso vender uma nova imagem do rio, tentar apagar o que foi divulgado até então pelo nosso cinema violência/pobreza tipo exportação (contraditório não?)... o objetivo é convencer os turistas que está tudo bem 'nessa terra mágica' apesar dos pesares... e 'rio' é exatamente isso, o retrato de uma cidade para 'estrangeiro ver'... copacabana, sambódromo, carnaval, lapa, corcovado, tudo ao som de sérgio mendes (música brasileira para estrangeiro ouvir)... para mim que trabalho, estudo e moro na cidade tudo me pareceu extremamente (!) fake e cheio de estereótipos... uma grande decepção.
...desempregada uma jovem produtora de tv aceita o desafio de revitalizar um fracassado programa matinal... como esse blog já estava quase ficando fluente em francês, resolvi fazer uma maratona em um desses cinemas de shopping ver o que hollywood andava aprontando... como nesses tais complexos um único filme ocupa às vezes metade das salas, nem tinham assim muitas opções... arrisquei com 'uma manhã gloriosa'... e sabem de uma coisa? nem doeu... na verdade eu me diverti bastante, pelo menos muito mais do que o esperado... o que me fez comprar o ingresso para esse filme e não para outro no mesmo horário? o trio de atores no pôster da produção: rachel mcadams (que eventualmente faz boas escolhas), diane keaton (que bem, já foi uma grande atriz) e em especial a do ator que tem crédito de sobra com quase todos os cinéfilos, harrison ford (cara que só encarnou hans solo, indiana jones e blade runner, ou seja, aos 69 anos ele pode sim fazer a merda que for)... o resultado do filme é leve, divertido e porque não, fofo... para os estudantes de comunicação ainda fica uma válida reflexão sobre os rumos da profissão e a eterna (necessária) busca do eqüilíbrio entre informação, entretenimento e audiência... super válido.
...2011 foi um ano de poucos filmes bons, mas esses poucos, foram realmente inesquecíveis... todos os dez filmes presentes nesta listinha me fizeram retornar ao cinema para prestigiar as produções por pelo menos mais uma vez... alguns, inclusive, já revi no dvd, no avião, no carro, na televisão... são dez filmes que eu sempre farei questão de rever... por isso mesmo, nunca foi tão fácil fazer um top 10... vale observar que apenas mais dois longas concorreram a uma vaga, mas é top 10 e não top 12... então vamos lá... na quarta edição do top 10 do blog lostinhollywoodland, um filme norte-americano voltou a figurar no topo... 'cisne negro' de darren aronofsky é o filme do ano aqui no blog pela vontade que eu sempre tenho de apaludir (de pé!) cada sequência, cada movimento da câmera de matthew libatique e, claro, a transformação da atriz natalie portman em cisne negro, um espetáculo... completam o top 10, uma fabulosa viagem pela origem da vida e seus mistérios... a nova obra-prima made in canada... a aula de conhecimento e criatividade de woody allen... o reencontro de pedro almodóvar e antonio banderas... o vencedor do oscar de melhor filme em 2011... a passagem do tempo filmada com maestria pelo mais importante cineasta iraniano... o filme brasileiro do ano realizado pelo grande centroavante do cinema nacional... um sonho de filme estrelado por tilda swinton na grande atuação desta temporada... e a cinebiografia que recusou todos os tipos de convencionalismo... então, companheiros e companheiras, este é o top 10 do blog lostinhollywoodland.
