sábado, 21 de abril de 2012

titanic - de james cameron

...choradeira coletiva, histeria na porta dos cinemas, aplausos antes, durante e depois das sessões, a mesma pessoa voltando ao cinema duas, três, dez, vinte (!) vezes para ver o filme, bancas e lojas tomadas por produtos e coleções da produção, rádios tocando ininterruptamente 'my heart will go on'... nesses últimos quatorze anos, desde a estréia de 'titanic' nos cinemas, eu não me recordo de nada nem parecido com o sucesso que a produção de james cameron alcançou... perto do sucesso do casal jack e rose, harry potter, o trio bella-edward-jacob, ou sei lá quem mais, são praticamente anônimos... além de tudo o filme que quebrou todos os recordes de bilheteria, faturou 11 oscars, 4 globos de ouro e até 4 grammys, é realmente bom... a direção e a técnica são primorosas, o elenco é indiscutivelmente talentoso e a história é envolvente... até nos seus momentos mais bregas, o filme parece ter feito as escolhas certas...  enfim, é um prazer rever com a grandiosidade que o só o cinema pode garantir esse clássico do cinema hollywoodiano. 

quarta-feira, 11 de abril de 2012

raul o início, o fim e o meio - de walter carvalho

...acredito que todos os estudantes de comunicação aprendem desde o primeiro dia de aula que para se contar uma história é (com raras exceções) indispensável ouvir pelo menos uma pessoa... da mais simples reportagem ('não existe reportagem sem personagem!', exclamava uma querida professora), ao mais complexo documentário: uma história ganhará credibilidade, veracidade e emoção se for contada por meio do testemunho de outras pessoas... e foi isso que fez o premiado diretor de fotografia walter carvalho em 'raul - o início, o fim e o meio'... para contar a história do nosso maluco beleza, walter carvalho foi atrás de familiares, ex-esposas, filhos, amigos, jornalistas, músicos, motoqueiros, rockeiros, satanistas, hippies, fãs, sósias e quem mais que tinha o que falar... é nesse mosaico de opiniões e versões que o mito raul é construído... o belo documentário só peca quando dramatiza alguns episódios (a empregada no elevador) e no constrangedor mergulho de uma produtora no parque lage... nessas horas a música fica de lado e da até vontade de gritar: 'toca rauuuul!'.

domingo, 1 de abril de 2012

o porto - de aki kaurismäki

...abbas kiarostami, michael haneke, ken loach, jean pierre e luc dardenne, nanni moretti, emir kusturica, aki kaurismäki, entre outros, são alguns dos 'darlings' dos festivais de cinema mundo afora... toda vez que sai a 'listinha' de cannes, de berlim ou de veneza, por exemplo, lá estão todos eles concorrendo ao prêmio máximo... e eu não estou questinando a qualidade de nenhum deles (na verdade estou sim), mas a verdade é que ninguém acerta sempre... kaurismäki mesmo, foi um pouquinho mais feliz com 'o homem sem passado', 'juha' e 'la vie de bohème' (todos com longa carreira em festivais) do que com 'o porto'... mesmo assim, com este filme, estava em cannes e foi premiado (!)... sinceramente, não da para acreditar... é forçado falar que desta vez o cineasta finlandes fez um bom trabalho... a encenação é teatral demais, o elenco está estranhamente artificial e, o pior de tudo, o longa simplesmente não leva a lugar nenhum... e tem uma galerinha por aí (fazendo carão de inteligente), organizando debates sobre imigração nas sessões pós-filme... ah não, não mesmo (!).

segunda-feira, 26 de março de 2012

jogos vorazes - de gary ross

...'até onde podemos ir sem que a classificação indicativa exclua uma parte do nosso público potencial?', o grande dilema de produtores e cineastas... porque quanto maior for a idade permitida para ir ao cinema sem a presença do papai e da mamãe, menor será a faixa de público que aquele filme compreenderá... por isso mesmo produtores se desdobram para tornar o que seria violento na teoria, quase fofo na prática... um exemplo recente dessa manobra foi com a série 'as crônicas de nárnia', que de tão mal resolvida acabou cancelada... outro exemplo, só que um pouco mais feliz, é o filme em questão: 'jogos vorazes', que apesar da sinopse violenta, se utilizou de um ou outro truque para ser impróprio apenas para menores de 14 anos... com fortes referências a obra '1984' de orwell, o filme baseado no livro de suzanne collins, é um misto-quente de 'big brother', 'project runway', 'no limite', 'gladiador' e um concurso de miss... o resultado um tanto brega esteticamente é o suficiente para angariar fãs, e ainda, fazer fortuna nas bilheterias... afinal, não era esse o objetivo?

domingo, 25 de março de 2012

tão forte e tão perto - de stephen daldry

...o novo longa do cineasta inglês stephen daldry, de quem sou fã assumido, é o último dos nove indicados ao oscar de melhor filme desse ano a ser comentado aqui no blog... de cara posso falar que não é nem de longe o seu melhor trabalho... daldry já chegou perto da perfeição com os inesquecíveis 'billy elliot' e 'as horas', mas desta vez deu uma forçada na barra... apesar de ser muito superior ao terrível 'cavalo de guerra', outro indicado a categoria principal, o longa 'tão forte e tão perto' seguiu a mesma linha super manipuladora do filme do spielberg... talvez por algumas escolhas duvidosas do diretor e ou talvez pelo 11 de setembro servir como pano de fundo da trama... enfim, mas a produção tem as suas qualidades também... principalmente os desempenhos comoventes do iniciante thomas horn e do veterano max von sydow... agora uma coisa divertida é conversar sobre o filme em uma rodinha de amigos: 'tão longe e tão forte', 'tão fraco e tão distante' ou 'tão forte e tão longe', por algum motivo qualquer, ninguém (ninguém) acerta o título do longa... eu principalmente (!).