o incrível hulk - de louis leterrier

...vivendo escondido, o cientista bruce banner está tentando de alguma forma retirar a radiação gama de seu sangue e ao mesmo tempo, ele ainda precisa fugir do general ross e do exército americano... no cinema capitalista é assim: não deu lucro, não é bom... então depois da primeira aventura do super-herói hulk fracassar nas bilheterias de todo o mundo, a placa de substituição subiu, anunciando a saída de todo o elenco incluíndo eric bana e jennifer connelly, e toda a equipe técnica incluíndo o diretor ang lee... para a entrada de edward norton e liv tyler, e uma equipe técnica totalmente reformulada comandados pelo diretor louis leterrier... ou seja, ao invés dos filmes se completarem, eles parecem se comparar... saíu a visão única e diferenciada de ang lee (cabeça demais, segundo os produtores) e entrou a ação interminável de louis leterrier (que de fato, é o que atraí o público)... as formas de abordagem do personagem são tão diferentes que não parece uma continuação... apesar de problemas de geografia envolvendo uma favela do rio de janeiro e a guatemala (?) que aparentemente fazem fronteira... o resultado final é bastante satisfatório.

jogo de amor em las vegas - tom vaughan

...após uma noite de diversão em las vegas dois desconhecidos se casam, porém antes de se separarem eles apostam uma moeda em um caça-níquel, onde acabam ganhando três milhões de dólares... o ator (???) ashton kutcher tem um programa de tv exibido no canal mtv chamado punk'd... uma espécie de pegadinha com famosos, onde ele coloca as personalidades nas situações mais inacreditáveis e constrangedoras do mundo... mas no final aparece gritando que é tudo uma brincadeira e que a pessoa está no punk'd... pois é durante a sessão do inexplicável "jogo de amor em las vegas" eu tive a sensação de que estava participando do programa... apesar de saber que aquilo que estava vendo era aparentemente um filme, suspeitei desde o início que tudo era uma grande brincadeira... para enganar todo mundo até créditos com nomes de diretor, roteiristas, produtores e toda equipe técnica foram criados para tornar toda a brincadeira o mais real possível... ashton kutcher se superou e realizou o melhor programa do punk´d de todos os tempos, conseguindo enganar todo público no mundo que pagou para ser pego... awesome!!!... awesome!!!

agente 86 - de peter segal

...um ataque a sede da controle faz com que maxwell smart seja enfim promovido a agente, ganhando o código 86, e agora juntamente com a agente 99 terá a missão de encontrar os terroristas da kaos... é incrível observar hollywood resgatar coisas do passado (nesse caso uma série de tv, mas poderia ser desde um brinquedo de um parque antigo da disney até filmes velhos mesmo) e em consequência seus traumas (soviéticos, comunistas, intrigas nucleares), para realizar filmes atualmente... a falta de argumentos e idéias novas é um dos motivos disso... mas eu também acredito que os americanos estão tentando vender uma imagem de os mocinhos contra os vilões de qualquer lugar do mundo... tá eu sei que sempre foi assim, mas assitir eua x urss atualmente soa um pouco ultrapassado... e o filme acaba ficando entre a homenagem a série e uma tímida renovação dos personagens... steve carell, anne hathaway e uma participação especial inacreditável de bill murray fazem a ida ao cinema, ao contrário do filme, ter algum sentido.

fim dos tempos - de m. night shyamalan

...um misterioso fenômeno, em várias das principais cidades americanas, faz com milhares de habitantes cometam suícidio... em recente entrevista o diretor indiano m. night shyamalan afirmou "fim dos tempos é um filme b assumido"... porém, não há como negar que é um excelente filme b... talentoso como poucos em criar e apresentar as situações mais fantásticas, shyamalan, foi buscar em antigos filmes de ficção/fim do mundo/terror referências para o seu novo projeto estrelado de forma intensa por mark wahlberg... o argumento absurdo (tipico de um filme b) ganha força graças a montagem que confere grande ritmo ao filme, pela sempre fantástica trilha sonora de james newton howard e por sequências extremamente bem executadas por shyamalan (a cena envolvendo um acidente de carro é incrível)... o diretor aproveita também para tocar em assuntos como desequilíbrio climático global, paranóia americana com o terrorismo e o papel da mídia na sociedade... perseguido pela crítica, shyamalan, mais uma vez, demonstra imenso talento... afinal não é fácil criar um clima de grande tensão apenas com uma brisa.

as crônicas de nárnia príncipe caspian - de andrew adamson

...um ano depois os irmãos lucy, edmund e peter retornam ao mundo de nárnia, onde já se passaram mil e trezentos anos desde a sua última visita... o nome dos estúdios disney a frente de qualquer produção, mesmo que não pareça, significa: "tornamos esse filme o mais infantil possível"... desde filmes sobre animais, piratas a até este baseado no livro de fantasia de c.s. lewis... tudo, tudo, tudo nas mãos da disney fica muito, mais muito infantil... extremamente bem feito, mas infantil... e é aí que está o problema de "as crônicas de nárnia príncipe caspian" produção de duzentos milhões de dólares... a história que não é para crianças originalmente, para poder ter a classificação indicativa "dez anos", tem que apresentar as batalhas sem uma gota de sangue (mesmo que um cavaleiro de uma espadada na cabeça do outro!!) e tudo é claro acaba ficando artificial e sem graça ao quadrado... o elenco atuando em "piloto automático" também não contribui muito... e é isso, tudo muito fofinho, comportado e sem graça durante inacabáveis 147 minutos (!!) de filme.

os reis da rua - de david ayer

...a execução de um policial faz com que um experiente detetive passe a combater a corrupção que vigora na polícia de los angeles... keaune reeves nunca foi um excelente ator, nem mesmo bom... por isso nunca esperei nada muito expressivo de sua parte... na verdade fazia sucesso apenas entre as mulheres... e mesmo assim fazia... porque em "os reis da rua" ele aparece feio, velho e gordo vivendo um inacreditável policial imortal... sua tradicional inexpressividade está lá mas aquela barriguinha e aquelas rugas são novidades... o filme em si também não ajuda muito reeves... cheio de problemas no roteiro o longa vai se atropelando a cada situação inexplicável e tudo acaba ficando pela metade... de muito bom mesmo apenas hugh "house" laurie e forest whitaker que apesar do mínimo esforço destoam de todo o resto... fica apenas a sensação de que poderia ser muito melhor.