quarta-feira, 13 de abril de 2011

feliz que minha mãe esteja viva - de claude e nathan miller

...aos 20 anos de idade o maior desejo de thomas é reencontrar sua mãe biológica que o abandonou quando ele tinha apenas 4 anos... quando se trata de dilemas morais o cinema francês quase sempre nos oferece uma overdose... e em 'feliz que minha mãe esteja viva' não é diferente... afinal é possível perdoar alguém que te fez sofrer por 16 anos? digo perdoar de verdade?... dirigido por claude e nathan miller o longa baseado em um artigo de emmanuel carrère, que por sua vez se inspirou em uma história real, evoca essas e outras questões ao narrar a história de um jovem que foi abandonado aos 4 anos e que somente aos 20 tomou coragem de 'tocar a campainha e não sair correndo'... e aí o caos sentimental é tamanho que mãe e filho não sabem nem o que fazer quanto a essa nova e estranha relação, com inclusive, insinuações de uma tensão sexual... o grande mérito da produção esta na forma como o antigo assistente de françois truffaut e seu filho conduzem a trama pelo distúrbio obsessivo do protagonista... o discreto, mas eficiente trabalho de edição e o ótimo desempenho de elenco (vincent rottiers, perfeito) também são fundamentais para o excelente e impactante resultado apresentado.

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